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NEEDFUL THINGS
Dead Point
Khaaranus – imp.
A banda também faz Death Metal com altas doses de brutalidade. A banda também flerta com o Grind, Crust. A banda ainda lança mão dos famosos “blast beats”, tão usuais no Black Metal atua, apesar de não serem Black Metal em essência. Ou seja, é Metal Extremo e ponto, com vocais que variam ora do gutural, ora do urrado, e ora do gritado. Eles alternam as passagens de suas músicas também, ora rápidas à velocidade da luz quase, ora mais lentas e cadenciadas, embora seja em menos quantidade e proporção. O som da banda é melancólico, triste e frio, agonizante, que nem as bandas gregas e algumas bandas alemãs e poucas norueguesas. Apesar da forte influência de Black, a banda é Death sim! Destaques para Life In Lie, Entombed, Pharmacology, Phobia, Control e por aí vai. RC – 7,5

CEREBRAL TURBULENCY
Crash Test
Khaaranus – imp.
Mais uma banda tcheca a tomar o mundo de assalto, dentro da cena extrema. Aliás, o lugar do globo terrestre que tem mais bandas de Death e Black Metal por metro cúbico é o Leste Europeu, antigo bloco comunista. O clima frio, uma marginal localização geográfica, histórico de guerras, ditaduras, destruição, e uma cultura de hostilidade vizinha, estes países tem tudo para produzir as bandas mais odientas e odiosas do mundo, rivalizando com Equador e Colômbia (que se não tem as melhores bandas, tem as mais raivosas). Com uma cor de remédio, o disco vem com uma já tradição no país e na gravadora Khaaranus, que é publicar as letras no encarte em inglês e tcheco. Mas em qual língua eles cantam? Sei lá! Não dá pra entender nada mesmo! Crash Test também vai agradar aos fãs de Hardcore, pela sua levada na guitarra, batida e baixo mono-córdico praticamente. Destaques para as melhores Tearmento, Evil Machine Gun, Total Agyzavar e as faixas 5, 6 e 11, das quais me nego a reproduzir o que está escrito. Ótima banda e bom CD! RC – 8,0

NYCTOPHOBIC
Blast From The Past
Khaaranus – imp.
A banda é um dos icones do Grindcore no Leste Europeu. Aqui, eles vêm com um disco pesado, agressivo, rápido, cru, sem ser tosco, visceral e minimalista. Uma verdadeira desconstrução musical! São 27 faixas, rápidas ao extremo, rápidas na execução e rápidas na duração, ao ponto em que a banda inova em uma coisa inédita na historia da música! Ao menos nunca vi isso. Na contra-capa, eles colocam o nome das músicas, o número da faixa e a duração. Até aí, nada demais, só que além dos minutos e segundos, a banda coloca os centésimos de segundo! Por exemplo, 1:59:29! Não é hora, minuto e segundo, é minuto, segundo e centésimo de segundo, que nem automobilismo! A mais curta, Deceiver, tem 0:31:00 (cravados – em época de jogos Pan-americanos, parece alguma disputa). A maior, tem 3:39:10, que é The After-Life Existence. Impossível citar destaques dentre tantas porradas, apenas que a banda está mais para o Grind “sofisticado” de Napalm Death (principalmente) e Extreme Noise Terror e menos para o tosco e esporrento do Brasileiro Rot entre outros. Enfim, um grande disco a dignificar o estilo! RC – 8,5

LengseL
The Kiss The Hope
Whirlwind – imp.
Esta banda tem um deja-vu danado e lascado do Opeth. Aquele tipo de Metal extremo (Extreme Metal, já que muitas bandas hoje em dia você não sabe quando começa o Black e quando acaba o Death), mais precisamente o Death Metal em questão. Só que com muita melodia, virtuose e técnica, aliadas a passagens intrincadas, quebradas, difíceis de se executarem e mais ainda de se ouvir. A banda existe desde 95, ou seja, é meio contemporâneo do Opeth e pode até ter criado este estilo antes deles, ou terem aderido à pouco. O que interessa é que The Kiss The Hope é muito bom, sendo necessárias várias audições, pois você não o assimila logo de cara. A banda é norueguesa, ao contrário do suec0-chileno Opeth. Destaque para Tales Of Lost Love, que deve ser algum single, pois ela pula do disco, de tão destacada que ela é. RC – 8,5

SIX FEET UNDER
Commandment
Metal Blade – imp.
Puta disco! Quando a gente pensa que já se esgotou toda a inspiração em se fazer ainda um disco de Death Metal que marque época e te faço curtir como no começo dos anos 90, Chris Barnes e o seu SFU se superam, mais uma vez. Commandment segue a linha mais tradicional da carreira da banda e do Death by Florida, com aquele jeitão característico, com passagens ora rápidas e ora lentas e cadenciadas e uma certa melodia melancólica em demais passagens (sem ser melódico, claro). Em Commandment mostra as passagens mais lentas e mortíferas de sua carreira, matadoras, riffs distorcidos, baixo em evidência. Mas também, nas partes e faixas rápidas, o pau come solto. O SFU alia a técnica e certa virtuose com talento para converter isso em temas forjados a sangue. O vocal de Chris Barnes continua único dentro do estilo, uma verdadeira aula se como se urrar e ficar legal e entendível o que ele está vociferando. O instrumental cai um pouco mais para o Thrash desta vez, e por vez, os vocais de Mr. Barnes chega ao Grind nos momentos mais velocidade da luz. E pelo menos, Commandment já pariu um clássico da banda e so estilo: The Evil Eye. A rifferama desta faixa jamais será esquecida por quem ouvi-la ao menos uma vez na vida! E aí, com a falência da Sum Records, quem vai licenciar a Metal Blade aqui no Brasil, para que seja lançado por aqui este marco do Death Metal no novo milênio? JCB – 9,0

DYING FETUS
War Of Attrition
Relapse – imp.
A banda está chegando ao topo da cena Death Metal mundial, e isso não me pouco. Pois além de ser uma das cenas com mais bandas no mundo em quantidade, e em qualidade também, a Death Metal Scene tem várias bandas que sentam no trono do estilo: Cannibal Corpse, Morbid Angel, Six Feet Under, Deicide, Immolation, Malevolent Creation, Obituary, Suffocation, Mostrosity, etc. Claro, quase todas estas bandas são da Flórida e a maioria já produziu seus discos no Morrisound Studios. São bandas intocáveis, mas o Dying Fetus está chegando lá! Aliando este Death Tradicional destas bandas citadas, ao Death Metal mais brutal, de bandas como Nile, Vader, Krisiun e Hate Eternal, ou seja, aquele Death à velocidade da luz, ultra-técnico e virtuoso. Afora isso, uma pitada de Grind aqui e acolá, e pronto: temos War Of Attrition. Faixas como Parasites Of Catastrophe e Insidium Repression atestam e corroboram com tudo o que eu disse. RC – 9,0

MORTYFEAR
God's Skin
Independente – imp.
A banda foi formada em 99 na Finlândia, e debuta agora com um full lenght. Antes disso, a banda já havia lançado uma demo com o antigo nome do grupo, Mortifier, a Demo #01. Com o novo nome, já lançou mais 5 demos e um split com o Archren. God’s Skin abre com a faixa-título, já dando mostras do que está por vir, um Death vigoroso, portentoso e esporrento, com muita técnica e velocidade, sem cair muito para o lado brutal da coisa. Sami Kaste (V), Tapio Laitila (G), Juha Peipolla (G), Olli Assola (B) e Henri Yli-Rahko (D) deixam de lado a melodia latente em seu país natal em tantas formações e vai para o lado mais básico, ainda que técnico. Destaques para Golden Shower, Kingdom Of Sperm, Hands Of Blood, Swallow the Gun e Pedophile Guards of Paradise. Ainda se ressalta um lado Thrash em sua música. Confira. RC – 8,0    
mortifier666@hotmail.com

WITH PASSION
What We See When We Shut Our Eyes
Earache – imp.
Banda formada no verão do hemisfério norte em 2002, formada como uma fênix, surgida a partir do pó e das cinzas de várias bandas locais da região de Sacramento. Este estranho Crossover que junta um pouco de cada banda de cada um dos integrantes seus integrantes: Samuel McLeod (V), Shaun Gier e Jeff Morgan (G), Jacob Peete (D) e Michael Nordeen (B). Com a paixão, você pode gostar de What We See When We Shut Our Eyes. Mas com a razão, serão poucos, acredito eu. PR – 7,0

MINSK
The Ritual Fires Of Abandonment
Relapse – imp.
Nada demais é este The Ritual Fires Of Abandonment do Minsk. A banda faz barulheira total. Um caldeirão de Death Metal, Thrash Metal, Grindcore e demais tendências mais modernosas do que modernas, mais passageiras do que atuais, mais apagáveis do que relevantes. Ainda assim, eles dizem que fazem um som com frescor, provocativo, hipnótico e futurista, apesar de lançar mão de elementos tribais. Com uma atmosfera de delírio, a banda tenta emplacar. Só não sei quem está delirando, se sou eu, ou quem falou isso da banda e de The Ritual Fires Of Abandonment. De quaisquer maneira, comprove você mesmo, mas eu não recomendo nem indico. PR – 7,0

THE BERZERKER
Animosity
Earache – imp.
O The Berzerker são uma dupla de Melbourne, Austrália, que atua com mais três músicos contratados, podem atuar ao vivo em cima dos palcos. Na edição limitada da Earache, inclui um bônus CD ao vivo com vinte faixas no London Dome a 16 de Dezembro de 2006. Voltando ao áudio de estúdio, a banda também faz, além do Death Metal de praxe, Percussão Eletrônica Industrial, num cruzamento de Carcass com Bolt Thrower. São apenas dez faixas e apenas 29 minutos, sem muita variação em sua brutalidade distorcida. As vozes são ultra-guturais e as guitarras à velocidade da luz. Enfim, este estranho Industrial Death Grind funciona e trás variação (não entre as faixas) na cena Death. Renovação é a palavra. PR – 8,5

NOX
Ixaxaar
Earache – imp.
Mais uma banda da profícua cena holandesa, país natal de centenas de grandes formações no Death Metal (e no Gothic Metal também). O Nox é considerado o sucessor natural do alemão Centurian. O NOX formou-se em 2003, e depois da edição do EP de estréia Zazaz (é a novela Zazá na Holanda?) no mesmo ano e só. Agora sai o full e eles se rotulam e intitulam como The Ultimate Death Metal Machine, ou seja, um pouco de pretensão demais. Tanto, que mal saiu o disco e o vocalista Steh Van de Loo já saiu. Torçamos que a carreira do Nox seja como o aço inox, ou seja, durável e indestrutível. PR – 7,5

DEATH BREATH
Stinking Up The Night
Relapse – imp.
A apresentação no formato mais longo dos Deathwitch aconteceu a 17 de Setembro do ano passado com Stinking Up The Night. Este duo sueco composto por Nicke Andersson (ex-Entombed, Hellacopters) e Robert Pehrsson (Deathwitch) com este trabalho fez renascer as raízes do velho e nostálgico Death Metal. Provavelmente a guitarra é a única coisa que se consegue aproveitar deste álbum, que poderá impressionar e satisfazer os Fãs do Old School Death Metal na veia de Autopsy. Nada mais do que isso. PR – 7,0

NAILDOWN
Dreamcrusher
Spinefarm – imp.
O Naildown trás uma renovação na cena do Death Metal Melódico, desde quando debutaram com World Domination. Antes disso, a banda surgiu sob a égide de Acid Universe e que bom que mudaram de epíteto. Apesar da banda ser finlandesa, ela trás algo do som sueco de Gotemburgo, de bandas como In Flames, Opeth, Hypocrisy e até um bocado de Dark Tranqülity. A melodia se faz muuuito presente aqui, mas sem ser cansativo nem enjoativo. Apesar disso, as faixas são meio parecidas entre si, ou seja, se você gostar de uma faixa, pode gostar de todas, sem soar cansativo, pois as idéias são boas e o som, empolgante. Escute com suas próprias orelhas e analise você próprio. PR – 8,5

CAR BOMB
Centralia
Relapse – imp.
Este carro bomba vai detonar os seus ouvidos e seus miolos. A princípio, a banda faz Death Metal, mas com elementos diversos e alienígenas ao Metal extremo. Eles fazem incursão ao Jazz, fazem interlúdios no meio e entre as músicas, misturando tudo isso com Grindcore, Hardcore e influências do maluco Mr. Bungle do mais maluco ainda Mike Patton (ex-Faith No More). Destaques para Best Intentions, Gum Under The Blade, Hypnotic Worm, Rid e Cellophane Stilleto. Indicado apenas para pessoas que querem ouvir um som muito, mais muito fora do usual mesmo. RC – 8,0

THE END
Elementary
Relapse – imp.
Cada vez mais aparecem bandas oriundas do Canadá. O país já pariu bandas gigantescas em seus estilos, como Rush, Anvil, Annihilator entre tantas outras no Rock em geral e principalmente no Pop. A cena canadense é boa, sempre sendo parada obrigatória para todos que torneiam pelos Estados Unidos e esticam para acima da terra do Tio Sam no mapa. O The End é um desses exemplos. Formados em Ontário em 99, a banda chega apenas agora á este segundo full. Eles matrimoniam um casamento quase perfeito entre Neurosis e Mastodon. Ou seja, barulho! Durma com um barulho desses! RC – 8,0

ANTIGAMA
Resonance
Relapse – imp.
A banda debuta com este no selo Relapse Records, especializada em Death Metal e Grind em geral. Isso mostra que a banda já nasceu grande. Apesar do frescor e de impressionar, a banda ainda mostra alguma imaturidade e alguma inocência, ainda não achando uma veia própria. Tem alguns toques de Death Metal se fazem presentes, mas o que impera aqui é o Grindcore. A banda, como tradição de bandas do gênero, já lançou dezenas de trabalhos em dviersos formatos, como vários 7 EP’s, coletâneas, demos e MCD e alguns poucos CDs full, entre outros splits (inclusive, já “splitaram” com nossos conterrâneos do Rot, um gigante no estilo lá fora, mas aqui, não tiveram ainda o seu devido valor, assim como quase tudo no que se refere ao Grind). Ao invés de perder mais tempo falando ladainha aqui, vá bater cabeça com esta podreira de qualidade, embora não pareça. RC – 7,5

AGRESSOR
Deathreat
Season Of Mist – imp.
Embora não pareça, mas o Agressor é uma das bandas mais antigas, experientes e veteranas de Death Metal na Europa! Sua formação data de 86 e a banda já lançou vários discos, mas talvez por virem da França, não tenham tido tanta projeção na Europa, visto que apenas no final da última década e com a União Européia, em que todos os países se conhecem a todos, não só no turismo, mas também na parte musical. Exceção feita ao Trust onde saiu Nicko McBrian para o Iron Maiden e em seu lugar, saído do Maiden, veio Clive Burr, mas nenhuma banda francesa teve explosão nos anos 80. Mas o Agressor continuou sua saga, com altos e baixos e Deathreat trás bons momentos como When Darkness, Warrior Heart, Warin Heaven e Desolation. Enfim, não percamos mais tempo, pois se você demorou 21 anos para conhecer e saber que essa banda existia, então nem leia mais nada e vá atrás de Deathreat. Detalhe: ninguém vai lançar este disco no Brasil? RC – 9,0

 

CONFESSOR
Unraveled
Season Of Mist – imp.
Confesso que o Confessor é uma banda difícil de se resenhar. Confesso que o Confessor é uma banda difícil de se ouvir. Confesso que o Confessor é uma banda difícil de se gostar. Confesso que o Confessor é uma banda difícil de se entender. Confesso que não curti o Confessor! É um som técnico, intrincado, virtuoso, cheio de complexidades nas estruturas musicais, quebradeira Prog do começo ao fim (não tem uma faixa que se solte, sem ter uma parada ou uma quebrada). Ou seja, Unraveled é chato pra caramba! Mesmo assim algumas faixas se destacam, como Wigstand e Sour Times. Mas e daí, você me pergunta “como é o som da banda”? Sei lá! Parece pesada, mas não é. Parece e tem tudo para ser de Death, como já foi um dia, até tocando em turnês de Grind, que a banda tinha um pouquinho. Mas não entendi nada neste Unraveled. Então, eles estão confessando o que? RC – 6,5

ANAAL NATHRAKH
Eschaton
Season Of Mist – imp.
A banda um dia já fez Black Metal puro e caminha cada vez mais para o Death Metal. O praticamente duo Irrumator (que tocou todos os instrumentos) e V.I.T.R.I.O.L. que canta, ou melhor, urra, fizeram um disco diferenciado dentro de sua carreira pútrida. Em Eschaton há um clima mais soturno e também o CD mais bem produzido, tocado e executado de sua carreira. Sim, o som está um pouco mais limpo e a produção polida, bem como o andamento rítmico de suas músicas, mais cadenciadas, mas a banda não está menos blasfema nem menos agressiva por isso. Destaque para Between Shit And Piss. Enfim, ouça você mesmo e tire suas próprias conclusões se curtiu esta nova fase da banda ou se prefere a antiga! RC – 8,0

WARSPITE
Confrontation Course
G.U.C. – imp.
A Alemanha tem tradição em ser um grande Mercado para todas as tendências do Metal é a Death Metal é uma destas. Por conseguinte, também produz pilhas de bandas, mas nem todas emplacam, como é o caso do Warpsite. Já em seu segundo disco, com vários outros formatos já lançados, como demos, EP’s, 7’EP, splits e MCD, eles fazem um Fast and aggressive Death Metal, realmente agressivo e rápido, também brutal. E que mais? Só. Mesmo assim, algumas faixas farão a alegria da turma do barulho, como Dead Memory, December, Unholy War e Nuclear Wounds. Em tempo: o nome da banda, o seu logotipo e a horrenda capa também não vão ajudar em nada, pois você vai pensar que se trata de um CD demo de tão feias e amadores que são.
RC – 7,0

RESECTION
Zenith
Unmatched Brutality – imp.
Banda alemã tradicional de Death Metal que, apesar de teutônica, parece ter sido extraída da Florida, tamanha similaridade com os medalhões de lá, como Cannibal Corpse, Morbid Angel e Suffocation. Originalidade zero, criatividade dez, então nota cinco? Não é bem assim. Ok, a gente sempre almeja novidades e originalidade e coisas novas também, mas em Zenith os caras o fazem com tanta gana, raça e intrepidez, que contagia. Os vocais apenas deixam um pouco a desejar, pois gutural não é para qualquer um, mas o instrumental da banda é irrepreensível! Altamente recomendado! RC – 8,5

GORETRADE
Perception Of Hate
Displeased – imp.
A banda que se chama troca de Gore lança mais um indecente artefato. A banda vem da Colômbia e como se sabe, todas as bandas de Death e Black de lá (assim como no Equador e Peru) são as mais devassas, odientas e raivosas da Via-Láctea! Com o passar do tempo, seu Brutal Death Metal conquistou, claro, os EUA e também parte da Europa. Só que a banda parou de evoluir e neste Perception Of Hate isso fica evidente, pois uma das mais promissoras bandas do estilo, se torna cópia de si mesma e até de outras formações que vieram depois dela. Ainda assim, não tem como ficar imune a assaltos sonoros como Derogate e Some One To Kill e a faixa-título. Prove e deguste, mas a escolha é sua. RC – 7,0

DISINCARNATE
Dreams Of The Carrion Kind
Displeased – imp.
O Disincarnate traz como atrativo, o guitarrista James Murphy em seu line-up. James já participou de bandas como Death, Testment e Obituary. Aqui, eles fazem Death Metal, que a gravadora rotula como Technical Dark Death Metal e Dreams Of The Carrion Kind trás como bônus, uma demo! São quatorze faixas (isso mesmo), com destaques para Stench Of Paradise Burning, Monarch Of The Sleeping Marches, Immemorial Dream, Confine Of Shadows e In Sufferance. As faixas bônus da demo são: Stench Of Paradise Burning, Soul Erosion e Confine Of Shadowns, todas presentes no álbum, melhores lapidadas, claro, mas aqui mostra eles cruas e originalmente como eram!
RC – 8,0

DESTROY DESTROY DESTROY
Devour The Power
Metal Blade – imp.
Para variar um pouco e querendo pegar a onda no Death Metal melódico, e Metal Blade aposta em uma banda do estilo. Só que norte-americano fazendo som europeu não dá muito certo. O nome da banda é infeliz, sem criatividade, e apesar de ser Death Melódico, os vocais seguem a linha do Metalcore (americano que faz isso), perdendo aquela magia e bombasticidade peculiar e natural do estilo. A parte boa, é que a banda é influenciada por bandas como Arch Enemy, Dark Tranquility e Amon Amarth. Isso quer dizer que a onda sueca de Metal extremo que está invadindo os EUA nos últimos anos tem plantado bons frutos. Ufa! RC – 7,5

NOUMENA
Anatomy Of Life
Spinefarm – imp.
Não tem jeito: a Finlândia, hoje, reina em diversas vertentes dentro do Heavy Metal: Gothic Metal, Metal Sinfônico, Pagan Metal, Metal Melódico, Death Metal Melódico. Estão aí Sentenced, Nightwish, Moonsorrow, Stratovarius e Children Of Bodom, para exemplificar, com uma banda de cada estilo apenas. No caso do Noumena, eles fazem Death Metal Melódico meio melancólico e frio, com toque e a aura do som de Gotemburgo da Suécia, apesar de serem finlandeses. Eles não têm aquele apelo nem aquele destaque no meio de tantas formações que assolam a cena e o estilo, dentro e fora da Finlândia. Mas é uma boa banda e Anatomy Of Life é sim, um bom disco. Os vocais até que são legais, urrados claro, e as melodias abundam, ainda que nunca felizes e sempre frias. Caçadores do estilo, mas um bom nome para sua coleção. Ouça melhorr Marionettes, Fire And Water, The Burning, Monument Of Pain e Retrospection. JCB – 7,5

SOLSTAFIR
Masterpiece Of Bitterness
Spinefarm – imp.
Banda esquisita. Até aí, eles fazem Death Black com muitas passagens de Doom numa aura Dark, cheia de melancolia. Na verdade, me arrisco a dizer que o Metal sueco é melancólico e o finlandês, triste. Como a banda é finlandesa. Há muita melodia, muito peso nas guitarras e claro, vocal gritado, urrado, gutural. Há bandas melhores na Finlândia e na própria Spinefarm, então, não perca tempo e vá para a próxima resenha! RC – 7,0

DEICIDE
The Stench Of Redemption

Earache – imp.
Depois de anos na Roadrunner, gravadora que alastou o nome Deicide pelo mundo afora, a banda foi para a Earache que, apesar de menor, é a banda principal e terá mais atenção por parte do selo. Este disco mostra a formação atual que tocou no Brasil ano passado: Glen Benton (V/B), claro, e com a saída dos irmãos Hoffman, entraram Ralph Santola (ex-Death e Iced Earth, entre outras bandas) e Jack Owen (ex-Cannibal Corpse). Apesar dos irmão estarem hiper-entrosados, os caras que entraram agora dão conta do recado muito bem e dispensam apresentações: seus curriculum vitae’s falam por si só. Com certeza, The Stench Of Redemption é o melhor álbum da banda desde Once Upon The Cross. Glenn Benton estava devendo um disco como esse, pois seus anteriores, últimos pelo seu antigo selo, deixavam a desejar. Este álbum tem mudanças significativas em relação a Scars Of The Crucifix, com colaboração de Ralph Santola nos riffs, que são mortais! Santola injetou melodia e solos criativos ao longo de The Stench Of Redemption. A banda ficou um pouco mais melódica, até lembrando os primórdios do Carcass (antes do Heatwork) em faixas como Death To Jesus e Crucified For Innocence. A bateria ainda trás os blast beats de Steve Asheim, e algumas faixas mostram ainda um Deicide tradicional, como Homage For Satan, por exemplo. Enfim, uma grande volta por cima e a banda tem tudo para retomar seu lugar na cena Death Metal mundial. Na verdade, nunca foram destronados, mas estiveram ausentes por um tempo. JCB – 9,0

PHAZM
Antebellum Death'n Roll
The End – imp.
Esse talvez seja o primeiro CD no formato dual disc (CD/áudio em uma face do disco, e DVD/vídeo do outro) na história do Black Metal! Apesar do formato caro, é mias viável para uma banda Underground lançar do que um CD separado de um DVD, como a maioria faz. São doze faixas no CD, com destaque para Decay, Sabbath, Burarum e Black’n Roll. Sua música é Black em essência, mas há facetas de Rock’n Roll, Thrash e HC também. Já o DVD, em onze faixas, todas ao vivo, mostrando a pauleira comendo solta em cima do palco! Mais uma vez, uma banda francesa inova e mostra que quer começar a liderar a cena mundial do Extreme Metal sim senhor! Durma com um barulho desses! JCB – 8,5

MELECHESH
Emissaries
The End – imp.
O Death Metal deles tem referências à Mesopotâmia e à Suméria nas letras e algumas passagens musicalmente falando também. Seu Metal extremo, que varia do Thrash ao Black passando pelo Death em questões de segundos, é meio maluco: virtusos, técnico, pesado, brutal, melódico, oitestista e moderno ao mesmo tempo. Apesar de interessante e saindo da mesmice da cena atual, é um trabalho difícil de se ouvir e digerir. São necessárias várias audições do mesmo para você poder viajar e fazer uma viagem astral para estes povos que a banda canta. Destaques (no sufoco para discernir qual faixa é qual) para Gyroscope, Leper Jerusalem e Ladders To Sumeria. Metal intelectual, cultural e brutal, inteligência acima de tudo! RC – 8,0

NOSFERATOS
Pandemonium
Blacksmith – imp.
Banda que executa o famoso estilo ressurgido também no final dos anos 90, e chamado pela imprensa portuguesa de Retroblackdeathrash. Sim, anos 80 total aqui! É Black sim, mas dos anos 80! Tem Thrash também dos anos 80, com umas pegadas de banguin’ da Bay Area, e a veia principal é o Death Metal, também dos anos 80. Sem necessidade de ser tão técnico, tão virtuoso, tão rápido e tão brutal, sendo apenas legal! Rápido na hora que tem que ser, lento também idem, com passagens cadenciadas entre uma parte e outra! Que disco! Espero que não passe percebido por fãs de Metal Extremo que realmente querem saber o que estão ouvindo e não apenas milhares de notas jogadas ao léu – isso é coisa para Heavy Melódico, não para o real Death Metal! A produção abafada nos faz parecermos estarmos ouvindo um LP em vinil! Destaques para Pandemonium, War Gods, Bloody Woods e Stench Of Temples! JCB – 8,5

DEATHONATOR
The Endsville
Blacksmith – imp.
O selo Blacksmith vem da Rússia e trás em seu cast não maioria, banda de lá. Não dá para negar que existe um mistério e uma atmosfera soviética atrás das músicas do Deathonator. Eles existem desde 89 e entre 92 e 2004 lançaram apenas demos, MDC e CDr’s, debutando apenas em 2005, ou seja, dezesseis anos depois, devido fatores econômicos, políticos e culturais de seu país. Só isso, já vale e merece nosso respeito! Até porque, foi uma das primeiras bandas de lá que sempre cantaram em inglês, que era uma língua maldita entre os soviets, por ser a língua da Inglaterra e EUA, inimigos no século 20 praticamente inteiro. Seu som é o chamado (por eles mesmos) Melodic Techno Death Metal e é. Pois é Death Melódico sim, bastante técnico. The Endsville tem oito faixas, com destaques para Desperate, Deliverance, Wildfire e I Love It Loud, cover do Kiss. Excelente banda! RC – 8,0

MYGRAIN
Orbit Dance
Spinefarm – imp.
Death Melódico estilo In Flames. Isso mesmo. Eles fazem uma linha que o próprio fazia no começo de carreira, mas que abandonaram para ficarem mais modernos e serem melhorem aceitos no mercado norte-americano. Até aí tudo bem, mas com o passar das faixas, a coisa fica rotineira e as músicas ficam quase iguais entre si. Sim, você lembra do disco depois de tê-lo ouvido, mas lembra de uma coisa só, não se lembra em qual faixa foi. Mas vou te dar uma força, as melhores serão estas: W.I.F., Darkbound e Downfall. As demais, se parecem mais ainda. De resto, uma boa banda. RC – 7,5

MISERY INDEX
Discordia
Relapse – imp.
Com certeza, este disco vai provocar e causar discórdia entre seus vizinhos. Haja barulho! Seu Death Metal recheado de elementos do Grindcore vai te deixar zonzo! Brutalidade, técnica, peso, agressão e violência sonora, tudo embutida em um disquinho de plástico! Meet Reality e a faixa-título são destaques. Indicado para fãs de Napalm Death, Brutal Truth, Extreme Noise Terror e Terrorizer. RC – 7,5

FUCK THE FACTS
Stigmata High-Five
Relapse – imp.
Para esta banda, foda-se os fatos! O Grindcore noscivo e voraz da banda, remete ao melhores nomes do estilo. A capa não tem nada a ver com nada e neste Stigmata High-Five, a banda mostra outras nuances à sua música, com pegadas de Death Metal e levadas de Thrash Metal. Sempre com peso, as músicas tem muito groove, as guitarras jorram distorção e a técnica instrumental da banda beira o absurdo! Algumas faixas ainda apresentam andamentos mais lentos e atmosféricos, com passagens acústicas que dá um tom celestial, cósmico e transcendental no meio da pancadaria. Sem dúvidas, Stigmata High-Five é um CD lúdico!
RC – 9,0

LAETHORA
March Of The Parasite
The End – imp.
Banda sueca de Death Metal com nuances de Grindcore. Mais Death do que Grind e, apesar da banda ser oriunda de Gotemburgo, não tem em nada a ver com o Gothemburg Sound. Sim, tem aquela melodia melancólica desta cidade que pariu bandas como In Flames, Dark Tranqüility, Hypocrisy e Dismember, mas bem pouco, tanto que nem dá para catalogar o Laethora nesta cena. Apesar disso, a banda conta com o guitarrista do Dark Tranqüility, Niklas Sundin e o guitarrista do Provenance, Joakim Rosen. Por eles, e estarem nas duas guitarras, o Laethora tem um acento melódico e melancólico, tornando o seu som empolgante e contagiante. Já a bateria e o vocal, são quase que plenamente Grind. O CD é curto para o Death Metal, e longo para o Grindcore. March Of The Parasite tem dez faixas, com destaques para Parasite, Repulsive, Warbitrary e a estranha Y.M.B. Indicado para Deathbanguers e Grinders em geral. RC – 8,0

SUFFOCATION
Suffocation
Relapse – imp.
Sim, eles estão de volta, para a alegria dos Deathbanguers de todo o planeta! A banda, uma das principais representantes da cena da Flórida, ao lado de Cannibal Corpse, Monstrosity, Morbid Angel, Malevolent Creation, Obituary entre tantos outros, vem com um disco homônimo bem a esta altura de sua carreira. Mas implicâncias a parte, Suffocation é um grande disco do estilo. Pode não trazer nada de novo, mas eles são um dos baluartes do estilo e como criadores, estão fazendo nada mais, nada menos do que criaram um dia, há década e meia atrás. Numa gravadora menor, podem fazer um bom trabalho em cima deste CD. Vocais guturais em profusão, riffs cavernosos, passagens ora rápidas, ora cadenciadas, baixo esmagador e bateria trituradora de ossos. Técnica e brutalidade aliadas em prol de composições em vez da virtuose para ver quem toca mais rápido e quem coloca mais notas em um milionésimo de segundo. Death Old School da velha guarda de primeira! RC – 9,5


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