DEATHCHAIN
Cult Of Death
Dynamic Arts – imp.
Os DEATHCHAIN formaram-se no inverno de 1997 sob o nome WINTERWOLF, lançando 2 DEMO-CD'S "DEATH...WILL COME YOUR WAY" (Janeiro 2000) e "BLOOD FOR DEATH" (Janeiro 2001). Em Outubro de 2001 iniciaram uma nova era com um renovado LINE-UP, para um ano depois gravarem a primeira DEMO "POLTERGEIST" já com a denominação DEATHCHAIN. A apresentação fisia no formato longa duração surgiu em 2003 com "DEADMEAT DISCIPLES", após integrarem os quadros da DYNAMIC ART RECORDS. Logo de seguida deram inicio á promoção do álbum, fazendo shows na FINLÂNDIA, ALEMANHA, ÁUSTRIA, BÉLGICA e HOLANDA conseguindo a publicidade desejada. O clímax foi atingido no verão de 2005 quando fizeram um concerto ARRASADOR no palco do festival TUSKA OPEN AIR em HELSÍNQUIA. "DEATHRASH ASSALT" foi o registro que se seguiu nesse ano, chegando ao nº 18 na tabela de vendas da FINLÂNDIA, e permitindo aos DEATHCHAIN fazerem uma TOUR pela EUROPA durante 5 semanas com CANDLEMASS e DESTRUCTION. No final do ano passado o antigo vocalista ROTTEN foi substituído pelo experiente K. J. KHAOS e começaram o processo de composição do 3º álbum. Parecendo um "cliché" o colectivo fez o mais FORTE, AGRESSIVO, BRUTAL, RÁPIDO e INSANO álbum que há memória nos 10 anos em actividade. "CULT OF DEATH" demonstra isso mesmo, numa conjuntura ARROGANTE de DEATH/THRASH METAL que sairá a 23 de Maio na FINLÂNDIA e 3 dias depois no resto do mundo. Sem ser um álbum que mereça a nota máxima, é evidente a ATITUDE IMPUNE dos DEATHCHAIN, sem VACILAREM um segundo. PR – 7,5

DEATHBOUND
We Deserve Much Worse
Dynamic Arts – imp.
Segundo os próprios finlandeses do Deathbound, a proposta da banda é detonar o mais raivoso e possível death metal com traços de grindcore através de uma gravação inteligente e eficaz. Os rapazes não mentem, filho! Sonzeira mixando as melhores vertentes possíveis para bater cabeça: Hardcore, grindcore e death metal! Quer algo mais chutador de balde que isso? Começaram a carreira lançando o álbum To Cure The Sane With Insanity, em 2003, e, em seguida, não pararam mais até os dias de hoje, como nós podemos conferir nessa paulada aqui em questão, lançada esse ano. Não vou dizer que o fato é "infeliz", pois as bandas que citarei a seguir são fodas demais, mas digamos que o fato de o Deathbound soar MUITO PARECIDO com Nasum e Gadget não anima a escutar tão direto. Mesmo assim, eu recomendo. Quanto às letras, costumam abordar tanto temas políticos quanto a mente humana e suas loucuras. Outra coisa que curti são as capas. A do Doomsday Confort parece retratar um futuro não muito distante, onde as ameaças biológicas predominarão acima de tudo, e todos os seres humanos terão de usar máscaras de gás para continuarem vivos. Ah, essa capa aqui curti bastante também. Adoro quase tudo que critique religião, pois acho que isso é um câncer que atrasa a humanidade e o pensamento até os dias de hoje. Aliás, é tanta banda com “Death”: Deathbound, Deathchain, Deathcult que fico a me perder. Mas todas elas já tiveram seus rebentos anteriores resenhados acá.  PR – 8,5

SEAR
Lamentations Of Destruction
Dynamic Arts – imp.
No principio de 2005, os SEAR assinaram um contrato válido para 3 álbuns com a editora DYNAMIC ARTS RECORDS, começando em Abril desse ano a saldar a "divida" com "CELEBRATIONS OF SIN". Esta apresentação recebeu boas criticas dos MEDIA e foram nomeados como "THE BEST NEWCOMMERS OF THE YEAR IN FINNISH METAL AWARDS 2005". No verão passado, os SEAR iniciaram a composição de novo material para disponibilizar sob o nome "LAMENTATIONS OF DESTRUCTION". Para os que continuam a lamentar o desaparecimento dos EMPEROR - e que não acreditam na ressurreição - os HERDEIROS do trono estão encontrados. O QUINTETO FINLANDÊS preparou-se a preceito para chamar a atenção dos FANS do DEATH/BLACK METAL. A VARIAÇÃO das musicas também pode ser encontrada nos últimos 2 ou 3 trabalhos dos EMPEROR, tal como a SUBTILEZA das guitarras entre todos os riffs de METAL SEVERO e EXTREMO, exibidos em "LAMENTATIONS OF DESTRUCTION". Mas não pensem que esta segunda vaga dos SEAR é uma cópia dos desaparecidos EMPEROR. Na verdade os MESTRES do BLACK METAL são uma fonte de INSPIRAÇÃO, mas não mais que isso, aliás, os SEAR divergem bastante com uma gama extensiva de estilos vocais diferentes. PR – 8,0

SCORNGRAIN
0,05%
Dynamic Arts – imp.
É. Outro registro datado de 2006 com "postagem" no PERIGO DE MORTE, vem assinado pelos SCORNGRAIN. Este QUINTETO FINLANDÊS pertence á nova vaga do THRASH/DEATH METAL e ainda inclui elementos INDUSTRIAIS e pós-BLACK METAL. Neste 2º álbum "0,05%" os SCORNGRAIN vêm RÁPIDOS, AGRESSIVOS com vozes RASGADAS, ritmos DEMONÍACOS e os EFEITOS e SAMPLES parecem não ter fim. Com todos estes argumentos de PESO, podíamos estar na presença de um álbum ESPECTACULAR, mas não é o caso. As 9 faixas que compõem "0,05%" perfazem 40 minutos, o que só por si mostra a dificuldade dos SCORNGRAIN fazerem temas com mais de 4 minutos, não conseguindo captar a atenção de quem os ouve, porque soa tudo muito igual. Quando raramente escolhem fazer musicas um pouco mais longas, aí sim, toda a mistura EXPLOSIVA ganha outra dimensão, e o resultado final é bem melhor. Espero que o próximo trabalho siga a mesma linha musical, mas com maior duração. PR – 6,0

GORYPTIC
From Blast To Collapse
Independente – imp.
O último mês de Março marcou mais uma estréia discográfica de muito PESO. Nascidos em Setembro de 2005, os GORYPTIC simbolizam uma EVOLUÇÃO no estilo BRUTAL DEATH METAL. A primeira amostra está compactada em 10 faixas repartidas por 33 ULTRA VIOLENTOS minutos, que decidiram chamar "FROM BLAST TO COLLAPSE". Se procuram BRUTALIDADE sonora, então encontram aqui o desejado com uma produção muito positiva, e uma ATMOSFERA própria. Não será de estranhar algumas influências de CRYPTOSY, porque os GORYPTIC sugam realmente o estilo AMERICANO. Por outro lado, os LIVIDITY também vêm á memória do ouvinte mais concentrado. "FROM BLAST TO COLLAPSE" é uma apresentação com muito POTENCIAL e ENERGIA. As vozes são bastante MENSURÁVEIS, mas seguramente DURADOURAS para quem gosta do uso das gargantas GUTURAIS. O QUARTETO FRANÇÊS PROMETE, e acredito que para os METALFANS de musica mais EXTREMA e BRUTAL, este álbum permanecerá durante algum tempo no leitor de CD'S. PR – 8,0
goryptic@wanadoo.fr

DECEPTION
Nails Sticking Offensive
Old Temple – imp.
Os poloneses do Deception não decepcionam (não podia perder esta piada besta) têm um novo trabalho editado, Nails Sticking Offensive, no qual nos oferecem nove novos temas (mais intro) de Death Metal brutal de teor satânico e anticristão com certos toques de Black Metal e até Grind. A duração não chega aos trinta minutos. Típico som Underground e habitual neste género, cru mas perceptível o suficiente, poderoso, rápido, brutal. Não gosto do teor lírico. Ideais anticristãos são uma coisa, extremismos de satanismo e outros que tais, não aprecio, abomino inclusive. Gostei da música no entanto. Gostei também da apresentação, com o CD inserido numa capa tipo 7” desdobrável. PR – 8,0

LACERATER
Nessun Urlo Nell'Ombra
Independente – imp.
Fazia tempo que o Gore, o Splatter (lírico e não musical) e escatologico não davam as caras! Os italianos do Lacerater em seu novo material, com apenas quatro músicas este Mini CD intitulado de Nessum Urlo Nell Ombra, mostra-se um prato cheio para os amantes do mais pútrido Splatter/Gore Grind, com direito a capa mostrando vermes, daquelas que deixam os velhinhos com estômago fraco com vontade de vomitar até as tripas, e na hora de deixar o som rolar, eles sabem fazer algo de gente grande, e já na faixa O.S.S.A, que abre o material, isso evidente, e no restante das outras três faixas isso deixa de ser uma promessa, para se tornar uma realidade, pois eles conseguem ser ainda mais insanos e dementes nas músicas Nato Morto e W.H 22, e terminando com  e perturbadora L´Dore Del.   Se você gosta de bandas como Impaler e Flesh Grinder e afins, vai fundo nesse material, não vai se arrepender com certeza, como disse antes, uma grande promessa do estilo, que ganha muitos adeptos nos underground, aliás, sempre foi muito forte, mas que aos poucos ganha nomes de peso. Mas me diga uma coisa: este tipo de som e bandas, no que difere uma das outras? Que horror! PR – 6,0

WRECK OF THE HESPERUS
The Sunken Threshold
Aesthetic Death – imp.
O álbum debut da banda de Funeral Doom WRECK OF THE HESPERUS, intitulado "The Sunken Threshold", foi lançado pela gravadora Aesthetic Death Records. O CD tem 42 minutos e é composto pelas seguintes faixas:
01. Stop the Black Coffins
02. Grave Signal
03. The Osseous Tomb
Eujá conhecia as demos, e interiorizei a impressão de que eram "difíceis" porque as composições são um bocado estranhas, com breaks, etc. No entanto, neste album, após algum esforço, não me soam tão estranhas. Conseguem criar um ambiente mórbido, fúnebre, muito surpreendente. Mas nada demais. PR – 7,0

PERISHING MANKIND
Wonderland
Noise Records – imp.
Vindos de Viena, os PERISHING MANKIND fazem parte integrante do movimento MELODIC DEATH/THRASH METAL desde 2001. A promoção da banda pelo território Austríaco e nos países limítrofes foi um grande investimento de ENERGIA, tempo e principalmente monetário até conseguirem finalmente um contrato discográfico. O acordo celebrado com a Black Lagoon Records em Março de 2005 originou a gravação do álbum de estréia Fall Of Men que saiu em Julho do mesmo ano. As críticas foram muito positivas, o que proporcionou aos PERISHING MANKIND outras atuações ao vivo ainda com mais empenho. No verão do ano passado a Noisehead Records passou a representar o coletivo a nível editorial e em Novembro ultimo concluíram os trabalhos do mais recente Wonderland editado em Março de 2007. Esta segunda amostra das capacidades do quinteto merece alguma atenção até porque se trata de um registro que «entra» com alguma facilidade no sistema auditivo de qualquer apreciador deste movimento. Embora MELÓDICO, Wonderland não deixa de ser AGRESSIVO o suficiente, e TÉCNICO sem aborrecer em demasia com uma produção muito bem equilibrada principalmente no que toca ao som das guitarras. As clean vocals de Holger – embora rosnada á moda DEATH e agudamente gritada ao tom BLACK – trazem outros argumentos a este gênero, além da prestação de Beate na bateria não ficar nada atrás do normal desempenho deste instrumento por homens. No ESSENCIAL depois de ouvirmos este álbum, as músicas ficam retidas durante algum tempo, o que só por si é algo difícil de conseguir atualmente. PR – 7,5

DARKSIDE
Amber Skeletal Journeys Through The Void
Noise Records – imp.
Os Darkside entraram no X-Line Studio em Bratislava, na Eslováquia, para gravar o novo álbum Amber Skeletal Journeys Through The Void. Com 55 minutos de duração, fazendo um Death Metal correto, correto demais, sem um maior apelo. Como o disoc veio só com três faixas, pra que falar do disco inteiro? A lista de temas é a seguinte Suite In Pain Major, Gods of Death, Pillars Of ‘Err, The Myth of Reason, dEVILerY, Amber, Architects of Modern Atheism, Solitary Confinement e The Burning. RC

XENESTHIS
Sick Of Pitch-black
Noisehead Records – imp.
Banda da Áustria, mas em vez do disco cheio, vieram apenas três faixas. A banda foi fundada em 2004, tocando um tal de Melodic Death Metalcore (tem isso agora?). Com gritos e urros masculinos, aliados aos vocais femininos limpos. A Bela e a Fera no Metalcore? Bem, quando recebermos discos inteiros, a gente faz uma resenha inteira, agora, se o pessoal envia promos com menos músicas do que do disco original, pra que enviar então? RC

LORD BELIAL
Revelation
Regain Records – imp.
Os Senhores Bélicos voltaram! Os suecos continuam com o seu Death/Black Metal de sempre (quem dizer que a banda é só Death ou só Black, está mentindo). Esqueça as melodiquices e melancolias de Gotemburgo, aqui o negócio e mais embaixo! Death Metal with the balls! Os outros discos anteriores saíram por aqui, não sei se Revelation também sairá, mas não perca tempo e vá atrás do seu agora! A banda não chega na extremidade de um Marduk nem de um Dark Funeral. Tampouco, apesar de Death também, nada tem a ver com a música de Gotemburgo, naquela melancolia melódica. Eles vão reto, secos e diretos, com raízes enraizadas nos anos 80 de ambos os estilos, sem frescuras e inovações e também sem exageros extremos. Até consigo imaginar, como se fosse possível, regressar aos anos 80 e visualizar um bando de moleques irem a uma loja de discos comprar um vinil (com aquela capa grande) do Lord Belial e se reunirem na casa de um deles para ouvirem repetidas vezes e estarem a balançar seus pescoços, que nem fazíamos com os discos do Sinister e Unleashed. Aproveitando, o Lord Belial, mostra também que bebeu mais do Death e Black holandês do que o sueco propriamente dito. Resumindo, Revelation é bom demais! Em vez de citar destaques, seguem todas as faixas para aguçar suas lombrigas, solitárias e taenias, para que você levante seu traseiro da cadeira do computador e vá atrás desse disco, raios! 7th Seal, Ancient Splendor, Aghast, Death As Solution, Unspoken Veneration, Death Cult Era, Vile Intervension, Gateway To Oblivion, Unholy War, Black Wings Of Death e Grievance. PR – 9,0

DRAWN AND QUARTERED
Merciless Hammer Of Lucifer
Moribund – imp.
Esta boa banda chega com mais um bom disco, na linha Death Metal com alguma brutalidade sim, e muita técnica, mas sem entrar no Grande Prêmio onde o Krisiun sempre larga na pole-position, seguido de perto nas segundas e terceiras filas por Hate Eternal e Vader. O Drawn And Quartered (que nome esquisito) faz Death Metal com tudo isso, lembrando um pouco Incantation e Immolation. Aliás, fãs destas duas bandas, nem precisa terminar de ler esta resenha, já podem encomendar Merciless Hammer Of Lúcifer, pois o retorno é garantido. Mas se você ainda quer saber mais, saiba que, o DAQ quer resgatar a sonoridade da Florida, dos trabalhos gravados no Morrisound Studios. Sim, fãs de Malevolent Creation, Monstrosity e principalmente Morbid Angel, serão agraciados com este grande Merciless Hammer Of Lucifer. Eles conseguem como poucos, aliar passagens rápidas alternando com outras cadenciadas. A banda soa redonda no instrumental e o vocal é gutural e natural, ser forçar e estourar a garganta, como muitos fazem e depois passam vexame ao vivo por não conseguir reproduzir. A banda faz algo de novo, me perguntaria você? Respondo que não! Mas, mesmo fazendo o arroz-com-feijão, ou seja, nenhuma inovação no estilo, o DAQ faz bem feito e com talento para compor músicas que fãs desta veia musical vão curtir! Ou seja, Merciless Hammer Of Lucifer é um disco feito de “old schoolers” para “old schoolers”. Destaques para Genocide Advocary, Blood Of A Million Martyrs (esta tem uma das letras mais anti-hipocrisia que já li e ouvi), a matadora e melhor do disco, Throne Of Desolation (Befouling The Scriptures), mais Bind, Torture, Kill e encerrando com a esmaga-crânios Nightghoul Of The Graveyards. O verdadeiro Death de raiz não morreu! PR – 8,5

HACAVITZ
Katun
Moribund – imp.
Os mexicanos Hacavitz (Black Death) lançam o seu segundo álbum, Katun, que conta com 11 temas, entre as quais Regnum Satani, From Sin To Honor, Motlatito Yn Quetzalcoatl e Serpents Of Smoke. De acordo com o baterista Oscar Garcia, Katun é o registro mais negro até á data (também, com este, eles só têm dois discos, então...). Seguindo a linha Brutal como Disgorge e Ravager, as maiores bandas ainda da terra da tequila, ex-músicos do Impiety formaram essa banda em 2003. Hoje, o Hacavitz é metade da banda que formaram. Após ter saído seu álbum Venganza do, debut lançado ano passado, baterista e baixista deixaram a banda. Antimo Buonnano (vocals/guitarra/baixo) e Oscar Garcia (bateria) decidiram-se gravar o Katun como um duo. Katun continua o som Blackened Death Metal da morte da faixa. A produção é crua e as canções são na maior parte rápidas e brutais. Hacavitz adiciona alguma diversidade à mistura retardando para baixo do tempo ao tempo e começando em um sulco real antes de erupting em uns tempos mais rápidos. Os vocais, ásperos, rústicos, ríspidos e calafriantes e adicionam uma camada extra de escuridão a um álbum extremo. A qualidade de Katun é consideravelmente similar a Venganza, e se você gostar dele, você escavará definitivamente do seu anterior, que também é imperdível. Confira! Em tempo, algumas faixas são cantadas na língua nativa antes da invasão espanhola, dando um toque mais local, world, pitoresco e enigmático à banda! RC – 8,0

DETONATION
Emission Phase
Osmose – imp.
Os Detonation são uma banda de Melodic Death Metal, com pegadas de Thrash Metal. E cai naquela linha de muitas bandas que fazem Melodic Death Metal soarem como se fosse uma nova geração do Thrash Metal.  Emission Phase é o titulo do seu terceiro álbum, com a capa feita pelo conceituado Eliran Kantor. Apesar das melodies gotemburgueanas nas passagens mais lentas e cadenciadas, à lá Hypocrisy, de repente tudo descamba para o Brutal Death Total. Quando nasceram em 1997 tinham o nome Infernal Dream mas no ano seguinte mudaram para Detonation. No início de carreira eram Death Thrash (daí o porquê desse último disco soar assim). Também apresentam nuances de At The Gates e Dark Tranqüility. Nesta crise existencial da banda, acabamos ganhando um disco diversificado e imprevisível, pois quando o ritmo está lento, de repente, sai do Doom para o Brutal Death em questão de milionésimos de segundo!
RC – 8,0

GODLESS RISING
Battle Lords
Moribund – imp.
Death Metal ultra-técnico, brutal, pesado, agressivo, arrastado, sujo. Mas não tão veloz. Tem momentos mais rápidos sim, como na rifferama de Conflict From Within. Mas a maioria reside nas alternâncias em passagens mais lentas e menos lentas, onde você consegue ouvir cada nota, cada batida, cada dedilhado, cada riff, cada virada de bateria e cada palavra guturalizada por Jeff Gruslin (nem sempre é possível ouvir e entender tudo em se tratando de Death Metal). Aliás, o vocal de Jeff lembra um pouco o de Chris Barnes (Six Feet Under e ex-Cannibal Corpse). O híbrido e insano acaba sendo alguns backing vocals e vozes dobradas nos refrões e finalizações de alguma faixas, onde entram uns vocais gritados, estilo do Black Metal, que lembram os de Dani Filth (mas só isso, a música de Godless Rising não tem nada a ver com o COF). E pequenas coisas legais que tornam um disco carismático e simpático, como os tiros e sons de guerra na introdução da faixa-título, os riffs épicos, que criam um clima meio Bathory em The Pair Of Cerberus. Sim, podemos dizer que o Godless Rising faz Death Black, pois, por mais Death que seja, alguns elementos com tempero de Black apimentam este grande disco! O único defeito de Battle Lords é ter a mesma duração da maioria dos discos de Death Metal, ou seja, oito faixas e pouco mais de meia hora de duração. Queremos mais! JCB – 8,5

AGONIZER
Birth / The End
Spinefarm – imp.
A banda quis bater um recorde mundial: eles fizeram um show para dezenas de pessoas em uma mina mais profunda na Europa, a 1400 metros de profundidade. Que loucura! Se subir 1400 já é difícil, imagine descer! Os vocais lembram insolitamente os de Glenn Danzig e o som da banda é um bom Thrash Death, calcado no Death Melódico. Imagine o Danzig cantando no Children Of Bodom? É isso que seria o Agonizer! A banda ainda tem muito de Heavy Metal Tradicional e de Thrash Tradicional. A banda que eles mais remetem seria mesmo o COB, mas com Birth / The End eles conseguiram criar um identidade para um estilo já desgastado de tantas cópias baratas de In Flames, Arch Enemy e o citado COB (abreviação de Children Of Bodom, não confunda com o Comitê Olímpico Brasileiro, tanto falado em tempos de Pan-americano – ainda bem que já acabou!). Harmless Hero já mostra o Agonizer buscando um caminho próprio, enquanto a Everyone Of Us é pegajosa, grudenta, rápida, mas não tão veloz, com um solo que ficará nas entranhas de seu cérebro por horas, riffs secos na escola inglesa da NWOBHM, aliadas a guitarras dobradas. Excelente canção! Prophecy lembra o Power Metal norte-americano, ou US Metal nas guitarras, descambando no meio da música para a fase atual do In Flames. Já Sleepless tem aquela aura de Gotemburgo. Black Sun tem um pique Stratovarius da fase atual, mais pesada. Aliás, mesmo tendo elementos extremos, é incrível a capacidade e facilidade da banda de compor temas acessíveis, bem sacados, com melodias que sejam fáceis de memorizar, de gostar, curtir e lembrar depois que se ouviu, além da variedade e elementos, passagens, mudanças e velocidade ao longo das faixas de Birth / The End. Isso se chama talento e criatividade! JCB – 9,0

LAETHORA
March Of The Parasite
Osmose – imp.
Banda sueca de Death Metal com nuances de Grindcore. Mais Death do que Grind e, apesar da banda ser oriunda de Gotemburgo, não tem em nada a ver com o Gothemburg Sound. Sim, tem aquela melodia melancólica desta cidade que pariu bandas como In Flames, Dark Tranqüility, Hypocrisy e Dismember, mas bem pouco, tanto que nem dá para catalogar o Laethora nesta cena. Apesar disso, a banda conta com o guitarrista do Dark Tranqüility, Niklas Sundin e o guitarrista do Provenance, Joakim Rosen. Por eles, e estarem nas duas guitarras, o Laethora tem um acento melódico e melancólico, tornando o seu som empolgante e contagiante. Já a bateria e o vocal, são quase que plenamente Grind. O CD é curto para o Death Metal, e longo para o Grindcore. March Of The Parasite tem dez faixas, com destaques para Parasite, Repulsive, Warbitrary e a estranha Y.M.B. Indicado para Deathbanguers e Grinders em geral. RC – 8,0

EVERGREEN TERRACE
Wolfbiker
Metal Blade – imp.
Cara adorei isso aqui! Apesar de ser Metalcore em essência, principalmente pelo vocal, que é clichê do estilo, eles vão além do estilo. Eles vêm com referências de Thrash Metal, Death Metal e de Hardcore Melódico, isso mesmo! Nessa fusão, eles acabam soando como um In Flames da fase Reroute To Remains. Ou seja, longe do New Metal, e perto do Death Metal Melódico. A parte melódica atende pelas melodias do HC melódico e pelos backing vocals limpos, que nem o In Flames e outras tantas bandas de Death e Black têm feito. Lembram In Flames ainda nas guitarras, quando nas quebradas e paradas. Impressionante! Percebe que o Evergreen Terrace quis fazer o disco da vida deles! Em Chaney Can't Quite Riff Like Helmet's Page Hamilton, com um começo narrado ao melhor estilo anos 80, e uma levada empolgante, fiquei de queixo caído e boca aberta! Uma das melhores músicas que ouvi na minha vida, lembrando a fase do Hardcore Melódico de 96! Me arrisco a dizer que em Starter eles acabam remetendo ao eterno Cicrcle Jerks e em Rip This vêem aquele jeito californiano de Pennywise, e o lado Thrash Death à sueca volta em To The First Baptist Church Of Jacksonville, com umas paradinhas psicóticas e lisérgicas no meio. Enfim, uma das revelações deste ano, sem dúvida alguma! E a capa de Wolfbiker também! JCB – 9,0

JOB FOR A COWBOY
Genesis
Metal Blade – imp.
Em primeiro lugar, pra que um nome desse? Pra querer dar emprego para um cowboy? Eles são vagabundos? Eu não moro nos EUA e não vou tomar partido desta briga entre os americanos do norte e os sulistas. Enfim, de Genesis (seja a banda ou a parte da bíblia) este CD não tem nada. Fazendo Death Metal Brutal, ou Techno Death (techno no sentido de ultra-técnico), eles entram na disputa junto com Krisiun, Nile, Vader, Hate Eternal, com a diferença que a maioria destas bandas são trio ou no Maximo um quarteto e o JFAC é um quinteto composto por: Ravi Bhadriraju (Guitar), Jonny Davy (Vocals), Bobby Thompson (Guitar), Jon Rice (Drums) e Brent Riggs (Bass). Como destaque, Embedded é puro Morbid Angel, mostrando que a banda ao menos, tem e quer fazer um pouco da sua sonoridade como a cena da Flórida, onde a cadência, as quebradas de ritmo, as passagens e mudanças e alternâncias entre elas que são mais importantes do que uma disputa de palhetadas, solos e baquetadas por segundo (parece campeonato de datilografia, quantos toques por minuto). Isso salva a banda e tomara que sigam o caminho de Embedded nos próximos discos. Vão por mim. RC – 7,0

FLAGELLATION
Incinerate Disintegrate
Last Entertainment – imp.
Um rápido EP com 20 minutos de duração. Um Death Metal sueco com algo de Gotemburgo (At The Gates, Dismember, Hypocrisy, Entombed, etc.) são poucas faixas e não há nada que vá mudar a sua vida nem a vir ficar fã desta banda, mesmo sendo fanático pelo estilo. A capa ajuda, mas poderiam ter esperado e ter gravado um disco inteiro, já que, hoje em dia, como os CDs vendem um pouco menos que no passado e existem cada vez mais bandas, necessário se faz apresentar produtos mais completos e com cada vez mais coisas agregadas ao produto final, para compensar o investimento. RC – 7,0

NAPALM DEATH
Punishment In Capitals
Armoury – imp.

Disco ao vivo desta grande banda, um dos ícones do Grindcore, que mesclou muito seu som com o Death Metal, por isso por muitos é tido e catalogado como este estilo, sendo também um de seus representantes, e o maior do gênero na Inglaterra, país natal. Este Punishment In Capitals é em audio, mas também saiu em DVD. Aqui, temos um verdadeiro assalto sonoro. Um show em todos os sentidos destes já senhores. O show foi registrado em Londres (mais uma banda a gravar lá, embora seja sua terra nativa) e o público inglês está reagindo aos estilos mais pesados, deram um basta em ficar seguindo e copiando os EUA. Sem mais comentários, pois todos os clássicos estão aqui e a performance da banda é avassaladora, como sempre, em cima de um palco. A banda está hiper entrosada, mesmo com diversas mudanças de formação desde o seu surgimento (o Napalm Death talvez seja a única banda no Metal em que não tem nenhum fundador, nenhum integrante original em sua formação mais). São 28 faixas, o mesmo track list do DVD (que bom, sem aquelas palhaçadas, de no CD ter uma música exclusiva que no DVD não tem e vice-versa), e pela quantidade e duração das mesmas, no melhor estilo Grind. Seu vocalista Barney “Greenway” continua urrando como um urso polar desesperado pelo aquecimento global, vendo parte da calota polar partir ao meio e ver todas as suas presas indo embora, oceano adentro. Sem mais delongas, pega o track lista deste que é, na minha opinião, o melhor disco ao vivo de 200 até agora! Se recebermos o DVD, poderemos tecer melhor resenha ainda! RC – 10
01. Lucid Fairytale
02. Take The Poison
03. Next On The List
04. Constitutional Hell
05. Suffer The Children
06. Cleanse Impure
07. Politicians
08. Breed To Breathe
09. Vermin
10. The World Keeps Turning
11. Can’t Pay Won't Play
12. Unchallenged Hate
13. Volume Of Neglect
14. Narcoleptic
15. Hung
16. From Enslavement To Obliteration
17. Scum
18. Life
19. The Kill
20. Deceiver
21. You Suffer
22. Cure For A Common Complaint
23. Mass Appeal Madness
24. Greed Killing
25. Instinct Of Survival
26. Nazi Punks Fuck Off
27. Back From The Dead
28. Siege Of Power

ANTROPOFAGUS
No Waste Of Flesh
Masterpiece – imp.
Brutal Death Grind, bastante brutal, ininteligivel, quase Splatter, gosmento, carniceiro. Todos os estilos mais extremos (exceto o Black Metal) se fazem presentes aqui, misturados em todas as faixas. O instrumental é menos tosco do que supõe ser, ainda que bem cru. A banda está longe do Grind do Napalm Death, e também longe da grosseria de um Rot. Difícil apontar destaques, e difícil apontar influências. A capa em preto e prata é linda, assim como sua gravura de um churrasco humano (para quem não sabe, antropófagos são humanos que comem outros seres humanos, prática comum em algumas tribos indígenas e africanas). São 17 faixas (muito pouco, apesar delas não serem curtas e terem muitas alternâncias entre elas). Como Bônus, o video de 37o F e seis outras faixas (todas elas presentes na versão corrente), mas em formatos distintos, como versões demo, live e Neurocollapse. RC – 7,5

AKERCOCKE
Antichrist
Earache – imp.
Banda inglesa de Progressive Death Black Metal.  As partes Death Metal são técnicas e brutais e a baixa afinação remete à Suffocation e Opeth.  Os riffs com influência Death e as partes Black Metal nos vocais e blastbeats. O título do CD é manjado e já não assusta ninguém, até você ouvir a bolachinha. Que peso, que agressividade e como a banda evoluiu! Os canastrões posam em roupas elegantes na contra-capa, para hipocrisiar mais ainda sua violência sonora e lírica! Destaques para as boas Black Messiah, Axiom, The Promisse e The Dark Inside. Em tempo, a banda, pela sua origem talvez, lembra um pouco as partes mais Death e menos Grind dos também ingleses do Napalm Death. RC – 7,5

AMORAL
Reptile Ride
Spinefarm – imp.
Metalcore, Deathcore, Thrashcore, Modern Thrash, New Thrash, New Metal (ops!), Metal Moderno, Crossover, Hardcore, enfim, chame o que quiser e como quiser. Só não ache o Amoral ser uma banda amoral, sem moral alguma! Moral eles têm para fazer esse tipo de som, sim! Com muita influência de Entombed, letras em inglês ao inverso da maioria das bandas de Metal extremo da Finlândia! Aqui, ele pegam pesado na veia sueca de bandas do tipo Soilwork, The Haunted entre tantas outras, principalmente a fase nova do In Flames. Mais uma capa com um cogumelo atômico e um avião de guerra, ai, ai... o que será que vai acontecer? São “apenas” nove faixas, com destaques para as boas Mute, Hang Me High, Pusher e D-Drop Bop. Enfim, muitos como eu não achavam que a banda iria vingar, por se tratar de um estilo da moda que já está desgastado, mas se tem contrato com uma gravadora do porte da Spinefarm e se ainda lançam discos, é sinal que há procura! RC – 8,0

SADIST
Sadist
Masterpiece – imp.
A banda é rotulada como Technical Death Metal e faz jus a isso. Mas cabe aqui um anexo, atachando ao conceito neste estilo. As bandas normalmente rotuladas desta forma são Brutais e estão mais para o Brutal Death, ainda que muito técnicas (Krisiun, Vader, Hate Eternal, etc.). Aqui, o Sadist passa longe do Brutal e fica apenas no Death, muito técnico realmente, mas também passa mais longe ainda do Death Metal Melódico (até porque, “no keyboards”) e também não são adeptos ao Progressive Death Metal (é, hoje inventaram isso). O Sadist conseguiu fazer uma sonoridade própria, ficando difícil resenhar, pela complexidade instrumental, ficando apenas o vocal mais gritado do que urrada e vociferado, um pouco abaixo da qualidade geral da banda. Destaques para I Feel You Climb, Kopto, Tearing Away, Invisible e Sadist. Excelente banda, ainda de Death Metal. RC – 8,0

ALIENATION MENTAL
Psychopathicolorspectrum
Khaaranus – imp.
Pelo nome da banda já dá para se prever o que vem por aí. Muito barulho, peso e crítica, como uma metralhadora giratória, que sai atirando para todos os lados. A banda tenta ir pelo lado do Brutal Death Metal, mas ainda com nuance daquela parte mais técnica, rápida e brutal, tão disputada pro Krisiun, Vader, Hate Eternal e aquelas mesmas bandas de sempre, que já não são tão novas e este estilo extremo de Death também não é tão novo. Uma gingadinha parecendo um sambinha nos riffs em Neurotic (por mais esdrúxulo que possa parecer, mas lembra). As demais, são homogêneas, e boas por igual, apesar de um pouco cansativo ao final da audição de Psychopathicolorspectrum, que apesar de ter um nome paralelepípedico (que, aliás só tem nome grande, porque não serve de nada e nem existe mais quase), é fácil de se pronunciar. Tente!
RC – 7,5

POPPY SEED GRINDER
Oppressed Reality
Khaaranus – imp.
A banda, como o nome entrega, eles pisam fundo no Grind, que de Poppy não tem nada. Vocais ininteligíveis, que lembram um grilo e você não entende nada, produção tosca, mal-versação dos versos versados e toda a sorte de anti-música (sim amigos, Grind, seja Core, metal ou HC, é anti-música sim, para chocar a sociedade e todos aqueles manietados achando que música tem que ser tudo construído perfeitinho). Faixas rápidas, o disco é rápido e esqueça a linha mais “acessível” do Napalm Death e vá fundo na veio Extreme Noise Terror e Terrorizer. Destaques para Naked Mind, Think Of Death e Sadistic Corporation. Claro, as letras ácidas e críticas à sociedade, e ao governo não faltam. Mesmo que sejam de cunho e teor regionais, do leste europeu e de sua comarca, onde faz parte seu país, a República Tcheca. LT – 8,0


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