HATE ETERNAL
Fury And Flames
Metal Blade – imp.
Este é o novo trabalho, o quarto, para a a banda do já lendário Erik Rutan (ex-Morbid Angel) e agora na companhia de Alex Webster (Cannibal Corpse). Erik foi responsável pela fase em que o Morbid Angel se transformou num quarteto e é um dos maiores produtores do Death Metal norte-americano. A linha é a de sempre, Death Metal Brutal e ignorantemente técnico, tipicamente da Flórida. O estilo começa a dar sinais de desgaste, pois esse tipo de Death teve explosão pelas suas bandas quererem ser uma mais Brutal, rápida e técnica do que a outra. Mas tudo tem limite e esse limite já foi alcançado. E as bandas que estão nesse limite começam a se repetir. Mesmo assim, o Hate Eternal começa a achar uma saída para tudo isso. Fazer o som mais devagar, mais alternado e menos técnico? Negativo. Mas achar soluções complexas dentro de toda esta extremidade. São “apenas” 10 faixas, de tirar o fôlego e quebrar pescoços. São 40 minutos de duração e a produção, claro, ficou a cargo do próprio Erik Rutan. A capa é  a mais legal da carreira da banda. O massacre é tamanho e a brutalidade é tal em todas as faixas, que é impossível citar algum destaque, pois o disco inteiro é perfeito. Mais uma obra de arte do estilo, e mais uma prova de que o estilo está longe de morrer, apesar de levar a palavra morte em seu “tag”. RC – 9,5

Track list:
1- Hell Envenom
2- Whom Gods May Destroy
3- Para Bellum
4- Bringer of Storms
5- The Funerary March
6- Thus Salvation
7- Proclamation of the Damned
8- Fury Within
9- Tombeau (Le Tombeau De La Fureur et Des Flammes)
10- Coronach

BRAIN DRILL
Apocalyptic Feasting
Metal Blade – imp.
Este é o disco de estréia dos Norte-americanos Braindrill. Ao todo são 10 temas, em cerca de 35 minutos, de puro Death Metal brutal, ultra técnico e com as habituais letras Gore e piques de Grind. Apesar de misturar três elementos, sua música é Death Metal em essência, bem no pique da Flórida e as comparações com Cannibal Corpse são mais do que óbvias. A capa, as letras escatológicas, e música e até há uma propagando no disco, dizendo que esta é um das bandas de Alex Webster, baixista do Cannibal. Aliás, faz tempo que não temos uma capa tão legal assim, inclusive do próprio Cannibal inclusive! Tudo é muito bem tocado, é brutal, é técnico quanto baste, bem produzido, matador, nos dando aquela sensação de escutar algum disco novo do Deicide ou Morbid Angel nos anos 90 ou de algum CD novo do Hate Eternal ou Krisiun nos anos 2000. É violência do começo ao fim e embora tenha a mesma sonoridade, variação musical e de velocidade e as passagens, dá a impressão do disco ter uma música só. Mesmo assim, o resultado é tão assombroso e tão cativante que isso passa a ser mero detalhe. Outras influências como Suffocation, Carcass, Dying Fetus, Cattle Decapitation, Job For A Cowboy, entre outros, que seus fãs serão abocanhados pelo Braindrill. E a Metal Blade aproveitou para criar mais um rótulo para os seus discos. Agora é o tal de The New X-treme. Blut! RC – 8,0

Track list:
1- Gorification
2- The Parasites
3- Apocalyptic Feasting
4- Swine Slaughter
5- Forcefed Human Shit
6- Consumed By The Dead
7- Revelation
8- Bury The Living
9- The Depths Of Darkness

KENOS
The Craving
Shiver – imp.
O Kenos têm chegado da Itália e eles foram formados em 1996 de membros de diferentes bandas underground italiano. They followed the known paths of demo/mini album/full length album releases and this is their second full length and the first one with a known record label (Century Media is responsible for the distribution also). Eles seguiram os caminhos conhecidos do demo / mini-álbum / duração completa álbum lançamentos e esta é o segundo full, o primeiro foi com uma conhecida gravadora (Century Media é responsável pela distribuição também). The band plays mostly death metal the European way and blends it with modern elements in the guitar sound, cuts and turns of classic metal riffing, groovy parts, fast melodic outbreaks that follow the Swedish school, or even melodic black parts with keyboards supporting them. A banda toca principalmente Death Metal na veia européia e que combina com elementos modernos na guitarra, cortes e viradas de Metal clássico, riffing, groovy partes, fast melódica, focos que seguem a escola sueca, ou mesmo melódicas peças de Black Metal com teclados a apoiá-los. This diversity is exactly what keeps this release in high levels as you don’t know where the next song will head each time surprising you with its direction.Esta diversidade é exatamente o que mantém este lançamento em níveis elevados, como você não sabe aonde vai a próxima canção, a sua cabeça cada vez surpreende-lo com a sua direção. Of course the guys know how to play, they have a tight sound and the production holds the rawness of the compositions.Claro que a gente sabe como jogar, eles têm um apertado som e à produção detém a rawness das composições. Their musicianship is in the same level with their composing capacities and the outcome is totally enjoyable.Sua musicalidade está no mesmo nível com as suas capacidades. “The Craving” is an aggressive album that comes from different influences mixed skilfully by the band.The Craving é um álbum agressivo que vem de diferentes influências misturadas habilmente pela banda. It’s not their first album, so I can’t say that I am totally amazed, but if this is the best they have done so far we have every right to hope that they will continue to evolve and that they will have better things to present us in the future.Não é seu primeiro álbum, então não posso dizer que estou totalmente espantado, mas se este é o melhor que eles têm feito até agora, temos todo o direito de esperar que eles vão continuar a evoluir e que terão melhores coisas A apresentar-nos no futuro. A special mention should be given to the digipack package and the full info-papers they send us - professionalism is shown in the details.Uma menção especial deve ser dada à embalagem digipack e o pleno booklet - profissionalismo é mostrado em detalhes. It is nice to see lately qualitative releases from Italian bands that have to do with death metal since their scene was specialized in power/epic or gothic bands.É bom ver ultimamente a qualitativa forma de lançamentos de bandas de Metal italiano em todas as suas vertentes, desde quando a sua cena metal era especializada em épico ou bandas góticas.
PR – 7,5

Track list: KENOS seem promising and we wait for their next album.
01 - The Craving
02 - Majestic Persecution
03 - Mutant Creation
04 - Icon
05 - D-mansion
06 - Teaben Rising
07 - Who.is.key.
08 - Aries ( Pt. 1 )
09 - Aries ( Pt. 2 )
10 - Cassandra's Tale

ELENIUM
Caught In A Wheel
Kampas – imp.
A banda vem com uma proposta interessante. Na verdade, é um Death Metal Melódico, como quase sempre, com alguma influência de In Flames, e muitas vezes, bandas deste estilo fazem o que seria o Thrash Metal nos dias de hoje, aquele típico Thrash Bay Area no caso, ou aquele Thrash Power dos anos 80. Aqui é o caso do Elenium. Aqui temos muita melodia e muito feeling. A banda é finlandesa, então você já sabe que veia sonora eles seguem, embora não seja tão bombástico, nem tão melódico e nem tão acessível quando os patrícios do Children Of Bodom. Eles já têm uma década de estrada, assim como o COB, mas não estouraram como eles. Lançaram diversos demos e EP’s. Caught In A Wheel é o segundo disco da banda, o primeira pela Kampas, que surpreende pela quantidade média de seus lançamentos. Eles ainda arriscam algo de Progressivo em sua música, assim como outras bandas do gênero tem feito, como Dark Tranquility, Opeth, Amorphis entre outros. A banda consegue um balanço legal entre todos estes elementos polêmicos. Destaques para Challenger Of Gravity, Of The Man Who Died, a faixa-título e Eyes Grow Colder. RC – 7,5

Track list:
Human
Challenger Of Gravity
The Escalator
Of The Man Who Died
Twelve
Caught In A Wheel
Trail Of Beggars
Eyes Grow Colder
Velocity

DEADBORN
Stigma Eternal
Massacre – imp.
A Massacre Records apresenta aqui o primeiro longa-duração dos Deadborn intitulado Stigma Eternal que marca o regresso de uma grande banda de peso alemã, depois da pequena amostra que aconteceu há dois anos atrás com o seu EP Decades of Decapitation. Através de seqüências complexas, estética sinistra e sonoridade infernal, apresentam-nos trinta minutos de um death metal cru e bem sujo. Embora o som que compõe os oito temas deste disco não seja de todo original, temos mesmo assim um registo com grande peso, melodia e com uma qualidade de produção razoável. Tirando partido das características inerentes do estilo, os Deadborn tocam duro e de uma forma agreste, alicercados em vocais guturais graves e agressivos, abusando da bateria em técnica “blast beats” e de riffs bastante ásperos, oferecendo assim uma atmosfera saturante e ardente. Destacam-se os temas Pain Is God, Progressive Paralyze,Back To The Blackness, Stigma Eternal, The Crack Of Doom (esta última com um solo melódico contagiante). Stigma Eternal é uma descarga sonora bastante desafiante, pronta a ser descoberta por amantes e não só da cultura Death. Encontrem-no!
PR – 7,5

PYURIA
Oubliette Ontology
Violent Journey Records – imp.
Mais uma banda finlandesa. O Pyuria foi formado em 96 e têm lançado algo de qualidade dentro do Death Metal. Depois de diversos demos e EP’s, seu primeiro full length release saiu em 2004, Calliphora Vomitoria Introitus. Seu segundo disco tardou cerca de três anos e chega agora com Oubliette Ontology e continuam de forma maníaca por sangue e gore. Traços de Grindcore estão presentes, mas a veia principal é o Death Metal da Flórida, coisa rara, já que as bandas finlandesas do estilo, ou fazem Melodic Death, ou fazem Death mesmo, mas inspirados na escola européia, nas escolas sueca, holandesa e alemã. Faixas como Two Sides Of A Spiteful Mind são destruidoras e esmagadoras do tipo esmaga crânios. O lado de Death bludgeoning vem em Emperor Of Bloodshed. Outra insanidade vem com Wound Opening Pt. 1 e Wound Opening Pt. 2 (apesar da parte 1 ser bem melhor). Os vocais são sádicos, irônicos, cínicos e pútridos! Cheque e bangueie você mesmo! RC – 7,5

Track list:
1. The Beginning
2. Two Sides Of A Spiteful Mind
3. Wound Opening Pt.1
4. Wound Opening Pt.2
5. Blind Victim
6. Terror Well
7. Emperor Of Bloodshed
8. The End

DEPRESSION
Ein Kakophonischer Lebenshauch
Apathic View – imp.
Este CD tem dezessete músicas. É o primeiro registro oficial ao vivo dessa banda cult alemã! Sim, eles são muito cultuados em seu país e pelos reais no redor da Europa, principalmente no Leste Europeu. Este CD foi gravado durante o ultimo show da banda em 2006, não sabemos se ainda continua na ativa e se tem planos de lançar outros trabalhos de estúdio também. Você vai ouvir um aterrorizador Death Metal com bastante coisa de Grind, bem na linha Old School (velha escola, ou velha guarda). Seu som ao vivo é cru, sujo e com muito groove. Como bônus, temos algumas faixas inéditas, nunca antes lançadas da última gravação deles em estúdio. Será que ai vem mais CD de estúdio? O insano trio é formado por Jukka (Guitarras/Vocais), Helena (Baixo) e Heikki (Bateria). Se você curte bandas como Rot, Napalm Death, Sick Terror e etc., ouça o Depression, comece por este CD ao vivo! O trio é poderoso em cima dos palcos! RC – 8,0

OPETH
The Roundhouse Tapes          
Peaceville – imp.       

A banda mezzo sueca, mezzo chilena (embora todos residam na Europa) sempre inova, ou tenta e quer inovar, seja em sua música, seja em seus tipos de lançamentos ou trabalhos. Neste digipack duplo ao vivo, The Roundhouse Tapes, que conta com uma embalagem belíssima e com uma capa em uma versão aterrorizadora do “O Fantasma da Ópera”, a banda extrapolou seus limites. Primeiro, porque ao vivo, eles conseguiram passar toda a sua aura sombria. Tecnicamente, ao vivo, foram perfeitos, pelas partes mais Progressivas, seja também pela interação da platéia. O peso Death consegue impressionar, principalmente pelos urros em cima do palco e atrás do microfone. A melancolia gótica que persegue o grupo deixou um ar denso, sombrio e deslumbrante nesta apresentação. Também não falta os “pi” quando se censura alguma palavra de baixo calão. As faixas são longas, eternas, mas com tantas mudanças de velocidade, de andamento e de musicalidade, não torna a audição entediante, muito pelo contrário. Transforma o escutar de The Roundhouse Tapes numa deliciosa e perigosa jornada de ouvir uma ópera Metal. A sensação que tínhamos antes ao ouvir uma música Progressiva com dezenas de minutos de duração (que hoje, a paciência para isso é menor), ou alguma faixa instrumental com muitos solos de algum disco do Iron Maiden, hoje é decodificada pela música do Opeth. São apenas nove faixas, que ocupam dois disco inteiros! O CD1 tem seis faixas e o CD2 apenas três. Enfim, uma pena continuar a tentar dissecar esta obra e tentar apontar destaques, ou ponto alto (o que é normal em resenhas de discos ao vivo). Por isso, vá atrás do seu, e ouça The Roundhouse Tapes por completo. JCB – 9,5         

CD1
1. When
2. Ghost of Perdition  
3. Under The Weeping Moon          
4. Bleak                   
5. Face Of melinda  
6. Night and the Silent Water

CD2
1. Windowpane                
2. BlackwaterPark
3. Demon Of The

SEVERE TORTURE
Sworn Vengeance
Earache – imp.
A Severe Torture começa a virar um nome tradicional no estilo. Logo logo eles estarão no topo. Dismal Perception abre de forma aterrorizadora, completando a poderosa trinca com Serenity Torn Asunde e Fight Something, que fundem técnica e agressividade poucas vezes vista. Em Repeat Offender a brutalidade é maior. Em Countless Villans, eles pisam no freio, dão um descanso no acelerador, mostrando que nas faixas mais lentas e trabalhadas é possível fazer um som mais ameaçador ainda, e é onde se pode perceber melhor o lado técnico do grupo. A pancadaria volta com Dogmasomatic Nausea, com os bumbos a mil, abusando dos blast beats. Detalhe: quem senta o pau na batera aqui é o ex-vocalista do Centurian, Seth Van De Loo. Quem toca baixo é outro ex-Centurian, Patrick Boleij, e os vocais guturais por Dennis, nas guitarras, Marvin Vriesde e Thijs. Em Redefined Identity, o cheiro da cena da Flórida é eminente. Enfim, ninguém ficará imune à Severa Tortura destes caras! RC – 9,0

BLOOD RED THRONE
Come Death
Earache – imp.
Os BLOOD RED THRONE nasceram em 1998 e a PAIXÃO MÓRBIDA traçada pelo DEATH METAL BRUTAL e EXTREMO compartilhada pelos 3 elementos levou-os a tocar algumas «malhas» de DEICIDE, DEATH e OBITUARY. Com a adição de um baixista, os BLOOD RED THRONE começaram a fazer a sua própria musica e o cartão de visita aconteceu com a demo “DEATHMIX 2000” que recebeu atenção especial da «press», resultando por sua vez em variadíssimas ofertas discográficas. O colectivo decidiu-se juntar à HAMMERHEART RECORDS e 2 semanas antes de completarem o trabalho do primeiro longa duração “MONUMENT OF DEATH” conseguiram o concurso de um baterista. Depois deste lançamento em 2001, seguiu-se no ano seguinte o EP “A TASTE FOR BLOOD”, em 2003 “AFFILIATED WITH THE SUFFERING” e em Fevereiro de 2005 “ALTERED GENESIS”, o primeiro álbum para a EARACHE RECORDS. O próximo «capítulo» do QUINTETO NORUEGUÊS chama-se “COME DEATH” e sairá a 27 de Agosto na EUROPA (no inicio de Outubro nos USA) e simplesmente não deixará ninguém indiferente. Renovados com uma nova dupla (baterista e vocalista), os BLOOD RED THRONE neste «NEW BEGINNING» aplicaram uma direcção ligeiramente diferente fazendo um clássico DEATH METAL na onda de “CONSIDERED DEAD” dos GORGUTS e “DESPISE THE SUN” dos SUFFOCATION. A «espinha» de “COME DEATH” demonstra que os BLOOD RED THRONE estão mais FORTES e SÓLIDOS que nunca, misturando AGRESSÃO, MELODIA, TÉCNICA numa essência muito VICIANTE e CATIVANTE. Se não estão familiarizados com a banda, então PREPAREM-SE porque este 4º de originais «apaixona» com relativa facilidade. Tipo AMOR à primeira AUDIÇÃO, “COME DEATH” é composto por 9 músicas de DEATH METAL BRUTAL com uma produção PODEROSA realizada nos DUB STUDIOS na NORUEGA. PR – 9,5

BRING ME THE HORIZON
This Is What The Edge Of Your Seat Was Made For
Earache – imp.
Este álbum trata-se de outra repescagem do final do ano transacto, e que se mantinha há algum tempo na fila de espera em "stand by". Bem, os BRING ME THE HORIZON começaram em Março de 2004, quando 5 "putos" oriundos de uma colecção de bandas defuntas se juntaram e deram inicio ás hostilidades. Retirando notórias influências a NORMA JEAN e THE RED CHORD e muitos outros actos de METALCORE AMERICANO, cedo provocaram sensação no movimento. Muita dessa atenção surgiu após os concertos no REINO UNIDO actuando ao lado de ZAO, THE NOTHING, SHAPPED BY FATE e JOHNNY TRUANT. Assim nasceu uma considerável FANBASE e os concertos foram uma EXCELENTE fonte de receita e promoção para a musica dos BRING ME THE HORIZON. Sem qualquer LIMITE ou REGRA, o QUINTETO INGLÊS escreve e toca o que quer ouvir sem olhar pró lado. Após o lançamento do EP "THIS IS WHAT THE EDGE OF YOUR SEAT WAS MADE FOR" o grupo de SHEFFIELD seguiu o caminho do DEATHCORE, perdendo com isso alguns FANS, porém vários críticos do primeiro trabalho também ELOGIARAM esta nova modalidade. Então chegamos a 30 de Outubro de 2006, data da edição de "COUNT YOUR BLESSINGS", o álbum de estreia com 10 temas tocados em 36 minutos, e considerados pelos BRING ME THE HORIZON o vai ou racha, testando a capacidade do colectivo em quebrar os LIMITES genéricos do METALCORE dos tempos modernos. "COUNT YOUR BLESSINGS" tem tudo o que é preciso para se tornar numa referência dentro do METALCORE com elementos DEATH METAL. A PRESTIGIADA e EXIGENTE revista KERRANG! deu-lhes o AWARD FOR BEST BRITISH NEWCOMER 2006, e o PERIGO DE MORTE não podia estar mais de acordo. Técnicamente IMPRESSIONANTES, RÁPIDOS, AFIADOS e PRECISOS, com uma barragem INCONTORNÁVEL de "mastigar" riffs acompanhados pelo contrabaixo DEMOLIDOR, as vozes pouco compreensíveis talvez seja o único aspecto a rever num futuro registro. PR – 8,0

EPHEL DUATH
Pain Remixes The Known
Earache – imp.
Juro, vocês todos odiaram a mim e ao meu gosto abrangentemente duvidoso depois desse post. Ephel Duath é uma banda italiana, o estilo deles não é muito fácil de identificar, mas cai (como tudo que não tem lugar) nos mares do Avant-Garde Metal. Os outros álbuns são bem mais na casa do Metal do que na do Avant Garde, mas a verdade é que (e por isso o ódio) esse álbum aqui não cai em nenhuma das duas categorias. Ele é um remix do álbum anterior da banda (Pain Necessary To Know). Só que é realmente um remix em seus termos mais... Atuais. O disco foi transformado em uma autêntica trilha sonora de rave em 7/8. Algumas faixas ainda retêm características de terem pertencido a um álbum de metal, algumas são bem quebradas, mas no geral, a transformação é surpreendente diferente. Sendo honesto, eu achei o álbum muito bom no seu próprio mérito, ele tem musicas muito boas, e enquanto algumas são realmente estranhas demais e muito quebradas pra se fazer qualquer coisa, o disco todo da uma excelente trilha de fundo para se fazer o que não devia. Minha única reclamação é que as musicas deveria estar mais quebradas, muitas músicas têm partes muito bonitas no meio de MUITO non-sense, e o valor da coisa acaba se perdendo no meio. No geral, de forma alguma é um álbum fantástico, tão pouco é um álbum progressivo (em seus termos absolutos) ou uma experiência de vida obrigatória... Então você pergunta: “Então por que nos infernos essa merda esta aqui?” Bem... Pergunta complicada. Basicamente, eu planejo todos os meus posts um mês antes, pra poder dar tempo de escutar as bandas e fazer uma avaliação semi-decente do trabalho, mas com a parada do hospital, eu acabei atrasando e só ouvi a banda que seria de hoje no sábado. E sinceramente, pior álbum de 2007. E vocês iriam me odiar muito mais se eu tivesse colocado aquilo (e eu também pra ser honesto), então sai eu a procura de outra banda, a segunda banda que eu tentei olhar vez o segundo pior álbum de 2007, então eu resolvi tentar esse álbum aqui, que eu já tinha escutado que era ruim, e como eu estava com alta tolerância a músicas merdas, resolvi matar a coisa toda logo. Mas, para minha surpresa, eu acabei achando o álbum interessante. Então, aqui está ele, um desafio pra quem tiver a mente aberta (e pra quem não tiver, na sexta vem algo menos “forçação de barra”, ainda na linha das do death metal, ai setembro acaba e voltamos as linhas menos pesadas e mais malucas). PR – 7,5

AEON
Rise To Dominate
Metal Blade – imp.
São Suecos e este é o seu segundo disco, primeiro para a Metal Blade. Death Metal rápido, brutal, técnico, com algum groove à mistura e uma certa melodia. Os 12 temas disponíveis em “Rise To Dominate” são de uma qualidade elevada, mas os Aeon a mim parecem-me iguais a tantas outras bandas de Death técnico. Além disso, 45 minutos é muito tempo para um álbum destes. Acaba por se tornar um pouco monótono após algumas faixas. De qualquer modo, não nego a qualidade da parte instrumental, é um disco acima da média (o que hoje em dia já é dizer muito) e os fãs do estilo devem experimentar. Definitivamente o Death Metal está a atravessar uma das melhores fases desde o seu aparecimento em força no final da década de 80. Actualmente a Metal Blade Records é o carimbo de qualidade que mais se destaca nesta área. Disponível desde 4 de Setembro, Rise To Dominate é outro testemunho da sintonia entre este movimento e a poderosa e influente editora. Resultando das cinzas dos Defaced Creation, os Aeon nasceram no verão de 1999 encaixando todos os instrumentos conscientemente apoiados em riffs, letras e padrões vocais cheios de intensidade e brutalidade que elevaram o Death Metal a um outro patamar. Com Rise To Dominate o primeiro trabalho para a Metal Blade Records – os Aeon fizeram um álbum mortífero, numa concepção de pura brutalidade e detalhe técnico difícil de clonar. Os riffs afiados, os solos técnicos, mas sem caírem no exagero, fazem de Rise To Dominate um álbum cheio de originalidade que incorpora músicas com estruturas complexas, mas ao mesmo tempo inesquecíveis, talhadas para os fans desta disciplina. Mixado nos Unisound Recordings (Opeth, Katatonia, Marduk, Nasum) com o Dan Swanö (Edge Of Sanity), Rise To Dominate é matador! PR – 9,0

THROUGH THE EYES OF DEAD
Malice
Prosthetic – imp.
Com poucos dias nos «estabelecimentos» da especialidade, o novo álbum dos THROUGH THE EYES OF THE DEAD mostra muito CRESCIMENTO em habilidade TÉCNICA, com particular atenção ao desempenho das guitarras provocadoras de um ritmo DINÂMICO em todas as 11 faixas de Malice. A base é muito similar a New American Gospel dos LAMB OF GOD, mas com uma AGRESSÃO e BRUTALIDADE muito SUPERIOR grande parte da responsabilidade do novo vocalista Nate Johnson (ex-PREMONITIONS OF WAR). Bem melhor que a apresentação em 2005 com Bloodlust, o quinteto Americano alterou um pouco a sonoridade, mas o fundamental DEATHCORE mantém-se INTACTO. A novidade Malice exemplifica na perfeição o que o METAL MODERNO nos pode oferecer: BRUTALIDADE e VIOLÊNCIA muito além do que a nossa imaginação pode alcançar. Numa era em que o CONVENCIONALISMO e CONVENIÊNCIA têm uma importância vital para o comercialmente viável, os THROUGH THE EYES OF THE DEAD construíram este trabalho indiferentes ás TENDÊNCIAS, SUCESSOS e conseqüências dai resultantes. Mais PESADOS, mais RÁPIDOS e mais EXTREMOS o coletivo de South Carolina contou com a precisão clínica de Erik Rutan (ex-MORBID ANGEL, HATE ETERNAL) nos Mana Studios. Em suma, Malice é um EXCELENTE álbum de OLD SCHOOL DEATH METAL na linha de BENEATH THE MASSACRE com aproximação ao atual panorama musical. PR – 9,0

DEKAPITATOR
The Storm Before The Calm
Relapse – imp.
Mais uma aposta da Relapse na área do Thrash Metal old-school, depois de terem apostado nos Rumpelstiltskin Grinder e de terem editado a preciosidade que foi o seu disco Buried In The Frontyard. E estes Dekapitator seguem a mesma linha? Sim. E também conseguem, de uma maneira um pouco diferente dos Rumpelstiltskin Grinder, transmitir o espírito dos tempos de antanho. Encontram-se por aqui muitos pontos de interesse, riffs bem sacados às 6 cordas, as mudanças de ritmo inconstantes típicas do Thrash Metal da velha escola, a velocidade, o peso e, claro, o próprio espírito da coisa. Parece mesmo que estamos perdidos algures na década de 80. O único problema é mesmo a colagem aos Exodus, principalmente na voz. As influências passam pelos nomes óbvios, principalmente Norte-americanos da década de 80, como os já referidos Exodus, Nuclear Assault, Megadeth (primeiros álbuns), Hexx, Flotsam & Jetsam, Metallica (Kill ‘Em All), Slayer (antigo), DRI, etc. A produção do disco acompanha o espírito saudosista. Um bom álbum de Thrash / Speed Metal da velha escola feito no século XXI aconselhado, principalmente, a saudosistas mas também a apreciadores de Thrash no geral. Falta ainda referir que a banda inclui membros e ex-membros de bandas como Repulsion, Exhumed, Cretin e Citizen; este é o seu segundo disco de estúdio, e ainda que este trabalho foi editado também em vinil (ah, um exemplar desses nas minhas mãos! O velhinho vinil!). PR – 8,0

RECOURSE
Weakening The Structure
Dark Harvest – imp.    

A banda em questão é “Recurso” e, o álbum é o “enfraquecimento da Estrutura". Parece algo policial né? Mas apesar de um mais do que óbvia semelhança de som, Weakening The Structure  acaba de passar-se que seja suficiente para justificar o seu musical demérito. Primeiro, o referido óbvio: soa como o Dying Fetus, cuspido e escarrado. The guitar tone is the same.A guitarra com o seu tom é o mesmo. A banda mescla o Death Metal com Hardcore, sem exatamente soar Crossover ou Deathcore, é diferente. Sem soar atonal no entanto. Os ritmos cativantes de head-banging são suficientes para tornar este um álbum também a apelar aos fãs de Death e HC. O próprio John Gallagher do Dying Fetus produziu, ou seja, por isso soa quase igual. Ele também participa da faixa Scorched Earth como convidado. Além dele, vocalista Troy Norwood e Randy Blythe (Lamb Of God), como Jason Netherton em seu estilo vocal é definitivamente extremo, mas surpreendentemente exclusivo. Algumas canções destacam-se das demais, apesar atenção é necessária para diferenciar entre esta dez faixas do álbum (e são curtas, também, com o álbum inteiro com pouco menos de 35 minutos). Indicado para fãs de Dying Fetus e também DRI e Hatebreed. PR – 8,0

WORST CASE SCENARIO
The Order Of The Morning
Dark Harvest – imp.
Banda de Carolina do Norte que faz um som bem norte-americano, arrastado, pula-pula (jump, jump) que mescal o Death Metal, Black Metal e o Thrash Metal, com aquela agressividade americana, sujeira, distorção, agressão, algo Core e Metal em essência, mas que poderia estar incluso no que chamamos de Metalcore, ou Post-Nu Metal. Sim, afinações graves, groove e berros são a tônica, que apesar de ser um som bem de rua e urbano, também lembra da cena Aggro Rock de meados dos anos 90. As letras aqui falam do pagamento matinal, onde corre a sacolinha. Atacando a fome arrecadatória evangélica por dinheiro (é o tema deles) e cai como uma luva para o gosto de fãs de Lamb of God, Hatebreed e Mastodon. Bem norte-americano, nada europeu. PR – 7,0

ADMIRAL BROWNING
Dead Pets
Dark Harvest – imp.
Nós já foi tão usada para Prog para qualquer banda que pode chutar mais de mil notas e estabelece um vôo de etapas ou desporto. Ou seja, corrida, olimpíada, competição, jogo, peleja para ver quem toca mais rápido, ou mais técnico ou ainda que complexo. Tudo isso como uma raiz da palavra Progressiva - uma banda que leva noções preconcebidas sobre o que gêneros são supostamente para soar complexas e mais sombrias hoje em dia, mais Dark’s. Eles vem de Maryland, com toques teatrais, peso mastodôntico do Mastodon, guitarras à Heavy Tradicional do Iron Maiden, jeito de Dream Theater. Bandas como Tool e Porcupine Tree vêem a cabeça. Seria Progcore ou Metalcore Progressivo? Onde vamos parar? Peso e lentidão Stoner de Black Sabbath também é sentido. E partes Death Black de Bal-Sagoth. Morou? PR – 7,0

NECROTORTURE
Blood Feast
Bastante novo este ato da Itália e esta banda apresenta Blood Feast é, na verdade, seu primeiro material liberado em uma posição não-independentes, então, este é também o primeiro registro excretado por esta nova etiqueta. Então, vamos ver o que ambas as partes são feitas de. Eles desempenham Goregrind e estes italianos conseguiram adicionar novos sons e vocalizações mais frias à mistura. Toda a conotação desta banda é para ser tão rápida e tão brutal como no fucking inferno pode ser, e sabem o que mais? Eles têm êxito neste trabalho. As suas estruturas e os seus potentes explosivos songwriting é realmente pra lá de doentio e quando este termina MCD você quer ouvir de novo. Tipo de como a primeira vez que você assistiu The Texas Chainsaw Massacre. Este álbum é totalmente compreensível, afinal de contas é apenas a 16 minutos do mini CD. 16 minutos de repulsão, horror, Gore, grind e covardia! Durma com um barulho desses! RC – 8,0

Track list:
01. Anal Torture
02. Re-Exploring Ways Of Flesh
03. Pleasures Of The Moribund
04. Blood Feast
05. Scum [Napalm Death cover]
06. Chiavica (Cicala Grind) [bonus]

DRACO HYPNALIS
Imagination
Zero Budget Productions – imp.
Por muito tempo eu tinha considerado a cena na República Checa para ser um ator importante entre os ex-Estados comunistas, com algumas notáveis bandas (Root, Stiny Plamenu). Esta perspectiva tem sido cada vez mais contestada, com uma grande variedade de bandas inovadores e de qualidade a ser ouvida no ano passado, variando de veteranos de raiz através de novos candidatos promissores como Hyperborean Desire And Liveevil, e agora, Draco Hypnalis. Draco Hypnalis está a executar um técnico Death Metal, com um gosto variado para os andamentos, invulgar tempo assinaturas e as principais alterações que são uma condição sine qua non (palavra difícil e que desde que o Lula aprendeu, não pára mais de falar) para o Prog Metal (Death ou outra) e acompanhados de teclados com tons não convencionais que tende para o Transe como o Ethereal. Sobre a pena inferior a stellar produção - que teria ajudado a concretizar o seu som e permitiu um melhor a apreciar as suas camadas de opus. Existe um forte elemento para suas composições no neoclássico vein, mas imagino que esta não é nenhuma surpresa, à luz da canção títulos como Symphony In E-Minor e Mozart - Allegro. Ambos são instrumentais, e a antiga é realmente a melhor faixa do álbum, devido ao seu dinamismo e cativantes melodias. Eles são visivelmente diferentes da das outras faixas, sugestivo de uma possível cobrir, mas ambos parecem ser originais e composições são creditados como tal. Há dois uncredited faixas bônus, que são meramente versões chave anteriores de canções banda. É. PR – 7,5

Track list:
1- Woe In A Paralytic Symphony
2- The Sincere Wander Through Illusion Untouched
3- The Catacombs Of Wild Passion
4- Yet They Come And Leave No Distress
5- The Ones In Shelter Know No Evil
6- Symphony In E – Min
7- The Fortune That Shall Not End In Disorder
8- The Intimate And The Severe
9- Mozart – Allegro
10- United By The Bearers Of Strength

ANGEL CORPSE
Of Lucifer And Lightning
The End Records – imp.
Extremamente brutal essa inesperada volta dos mestres do Death Metal americano! Tendo lançado clássicos do estilo, como o aclamado The Inexorable, a banda volta com muita lenha para queimar após 7 anos parada. Of Lucifer And Lighting não conta com Tony Laureano na bateria, mas sim com o batera original, John Longstreth, que fez um serviço matador. As nove faixas aqui contidas logo se tornarão clássicas graças a brutalidade que emanam, parecendo até um mar em fúria. Mesmo depois de tanto tempo afastados do metal, parece que os caras ficaram ainda mais extremos, despejando riffs infernais e uma velocidade incrível, com bastante blastbeats e os vocais cada vez mais odiosos de Pete. Credo Decimatus vai começando numa “crescente” que já deixa o ouvinte empolgado, com riffs fudidos e ritmo alucinado. Outra faixa que merece ser mencionada é Machinery Of The Cleansing, com inúmeros riffs e um excelente trabalho de Gene. A banda, que possui muitos fãs pelo mundo, alguns bem famosos, como o nosso Krisiun, com certeza agradará aos adeptos do Death Metal e conquistará novos seguidores. Atualmente, estão em tour com o Watain e outros grupos, e seria muito interessante uma visita deles ao nosso país. Não deixem de escutar a última faixa, Lustmord, uma porradaria fudida de dar gosto! PR – 9,0


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