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CONJURING FATE Tracklist: |
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BLIND PETITION 1. Man of spirit |
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THRUST TRACK LIST: Bonus Tracks from Solidarnosc Rock for Poland” – 1982 – Split Live Album |
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METAL ALLEGIANCE
Metal Allegiance Voice Music – nac. Mais um supergrupo ou Dream Team do Metal atual. A banda é criação de Mark Menghi, que se juntou com David Ellefson, do Megadeth, Alex Skolnick do Testament e Mike Portnoy (ex-Dream Theater e atual vários), em 2011. Várias lendas como Phil Anselmo, Kerry King, Dave Lombardo e Steve Vai, juntaram-se ao núcleo da banda para participar de eventos ao vivo - mas só agora o primeiro álbum de material original deve ser lançado. Abrindo, Gift Of Pain, com Randy Blythe do Lamb Of God, que estiveram recentemente no Rock In Rio desse ano. É a faixa mais pesada e brutal do CD, logo de cara! Mas não é só isso, pois os estilos vão se diversificando. Dying Song tem Phil Anselmo, logo a música tem aquele jeito “pantérico” de ser. Já Can’t Kill The Devil com Chuck Billy é puro Testament, poderia estar em algum dos discos atuais da banda! A melhor faixa daqui! Incrível como Mike Portnoy toca bateria! Sua técnica dispensa comentários, mas o cara pode tocar do mais calma Jazz até um Thrash Bay Area ultra-sônico como é o caso aqui! E Alex Skolnick? Bem… sempre que se junta com Chuck, sai coisa boa! Já Scars trás Mark Osegueda do Death Angel, dando aquele toque Thrashy da sua banda, com intercessões de Cristina Scabbia do Lacuna Coil, dando um ar original à música! Sim, alterna o Thrash/Heavy com o toque feminino e algo Gótico ainda com Scabbia. Destaca-se ainda a inspiração de Alex Skolnick no solo. Destaque final para We Rock do eterno mestre Dio, com vários vocalistas prestando homenagem: Mark Osegueda, Chris Jericho, Tim ‘Ripper’ Owens, Alissa White-Gluz, Chuck Billy, Steve ‘Zetro’ Souza! Tributo mais do que merecido! JCB – 9,0 Faixas: |
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HELLOWEEN
My God-Given Right Voice Music – nac. Já virou chavão da minha parte de dizer que todo disco lançado pela banda é o melhor desde Better Than Raw. Para mim, Better Than Raw é o melhor disco da fase Deris. Um divisor de águas. O último com a sonoridade mais Hard trazida pelos novos membros incluindo Deris, trazendo muito de sua ex-banda, o grandioso até hoje Pink Cream 69. Seus anteriores, The Time Of The Oath e Master Of The Rings são clássicos absolutos e tem seu lugar na história. A banda já flertava com o Hard Rock ainda com Mike Kiske, nos discos pós The Keeper Of The Seventh Keys I e II. Depois do Better... tivemos o grande The Dark Ride, moderno para a época e até meio Gótico. Depois disso a banda se perdeu, até se achar novamente só em 2010 com 7 Sinner, o melhor disco desde então. Depois veio o petardo Straight Out of Hell, sendo superado agora por My God-Given Right. Vamos ao disco? Heroes abre de forma pesada, caótica e moderna o álbum, tons mais graves, com o bom Helloween da era Andi Deris. Seguindo, Battle s Won, música estilo clássico da banda desta era moderna com Mr. Deris. Pesada, melódica, longe do Hard do começo e longe de imitar o Happy Metal da era Kiske. A faixa-título é bem melódica e melosa, grudenta, com teclado em evidência. Seguindo, uma das melhores, Stay Crazy com refrão que você não esquecerá jamais, nem a melodia de guitarra. Um puta som! Relembra os gloriosos anos 80, só que de forma mais moderna, mais atual. E como canta Mr. Deris! Ok, ao vivo, ele vem falhando, mas compensa com carisma e presença de palco. Sempre fui um crítico de Sascha Gerstner desde sua entrada em Rabbit Don't Come Easy (um dos mais fracos discos da banda) e desde então era uma viúva de Roland Grapow (se eu fosse de Kai Hansen, seria uma carpideira). Mas desde o excelente Straight Out of Hell ele vem se consagrando! Seguindo, Lost in America conta uma história de quando saiam do México para vir ao Brasil, da maneira divertida que a banda sabe fazer, além de ser candidata a ser tocada e ovacionada ao vivo e se repetir nas futuras turnês! Russian Roulé mostra a modernidade aliada com a tradição. Sim, a banda sabe fazer músicas com sua cara, sem se repetir e sem aderir a modismos! Haja inspiração para tantas boas guitarras, boas letras, bons refrãos e grandes melodias! Daqui a pouco em termos de inspiração, Michael Weikath, vai superar Tony Iommi, que parou de criar de forma inspirada há muitos anos. Depois de seis petardos, The Swing of a Fallen World dá uma calmada, bem mais calma e lenta, ainda que também pesada, um momento Progressivo da banda. Like Everybody Else é mais calma e lenta ainda, bem psicodélica, bem 70’s. Creatures in Heaven é legal, mas não tão inspirada quando as anteriores. Já If God Loves Rock n Roll é outro destaque com bela melodia, grandes guitarras, cozinha afiada (como sempre, não podemos jamais esquecer o grande baixista e gente boa Markus Grosskopf) e grandes vocais. Como Mr. Deris consegue cantar este título??? Enfim, o cara é bom mesmo! E Living on the Edge? Fala sério... o cara que disser que este disco é ruim é um demente! Seja fã de Metal Tradicional ou Melódico! Outro petardo! Na boa, daria para a banda tocar metade do disco ao vivo, ou ao menos 5 ou 6 faixas tranquilamente que iria sacudir a audiência! Seguindo, Claws já abre com aquela parede de guitarras na cara! Fazia tempo que a banda não fazia algo tão bom nas guitarras no disco inteiro! Fruto do talento e competência dos seus dois guitarristas, e também do entrosamento que demorou, mas veio. Encerrando, You, Still of War, que começa com uma guitarra bem melancólica e “viajante” e tem uma pegada mais Prog Metal, mais quebrada e intrincada. Para ajudar a versão nacional deste luxuoso digipack Deluxe da Voice Music, vem com 2 bonus tracks, I Wish I Were There e Wicked Game. Obrigatório! JCB – 9,0 Faixas: |
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RHAPSODY Luca Turilli’s
Prometheus, Symphonia Ignis Divinus Voice Music – nac. Confesso que era fã do Rhapsody original, quando ambos estavam na banda, Luca Turilli e Alex Staropoli, os dois donos do negócio, junto com Fabio Lione (hoje no Angra) nos vocais. Principalmente nos primeiros discos, onde a banda foi sim, revelação, surpreendente e única. Depois eles não estouraram como todos acharam e se perderam no meio da macarronada. Tiveram que colocar Rhapsody Of Fire e depois se separaram. Apesar das ressalvas, ouvi Prometheus de peito aberto e cabeça livre e me surpreendi positivamente. Claro, não é mais a mesma banda do começo e o vocalista aqui, Alessandro Conti, está muito longe de Mr. Lione, mas dentro de uma “nova” proposta de uma “nova” banda, seus vocais, apesar do sotaque e por causa disso, se encaixaram bem. Dessa vez não irei fazer o tradicional faixa-a-faixa como costumo fazer, até por ser um disco conceitual, muito detalhado e trabalhado. Mas dá para dizer que todos os elementos épicos estão aqui e é uma forma de dar honra a Luca Turilli, que chegou a ser subestimado na cena. Lembram quando falavam que como pode uma banda fazer Heavy Metal sem guitarras, onde na verdade, elas não são o instrumento principal, por causa da sinfonia? A mesma acusação que faziam com o Nightwish. Aqui, Luca mostra mais uma vez seu talento, como compositor e guitarrista. Prometheus, Symphonia Ignis Divinus é o segundo disco desta cisão e a sinfonia do fogo divino faz jus ao nome! Ele tem 12 faixas em 74 minutos de duração de música clássica, orquestrações pomposas e Metal sim senhor! Destaque para a bela arte de capa e volumoso encarte! Sobre o tema. Prometeus é Lúcifer no panteão grego, onde roubou o fogo dos Deuses para dar aos homens. Ou seja, ele trouxa à raça humana o conhecimento e desenvolvimento espiritual, senão seríamos mais uma raça da macacos onde talvez até tivesse sido extinta. Se hoje podemos ouvir e comentar Heavy Metal, devemos a Ele. No panteão Romano, Lúcifer também existe, mas não com o mesmo papel do grego. Portanto, nada anormal uma banda italiana abordar esse tema e esta história bela, épica e verdadeira! JCB – 9,0 Faixas: |
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BLIND GUARDIAN
Beyond The Red Mirror Voice Music – nac. Já faz tempo que os alemães do Blind Guardian têm lançado discos a cada quatro anos, coincidindo com os anos de Copa do Mundo: Nightfall in Middle-Earth (1998) A Night at the Opera (2002) A Twist in the Myth (2006) At the Edge of Time (2010) Enquanto todos esperavam um album novo em 2014, seguindo a cronologia de seus lançamentos, ainda mais já que, coincidindo com anos de Copa do Mundo, que sairia justo no ano em que a Alemanha seria Tetra campeã, ainda mais ganhando de 7x1 do Brasil, na Copa do Brasil, e sendo o primeiro europeu a vencer nas Américas. Mas o novo saiu só em 2015. Apesar de Beyond The Red Mirror ter dividido crítica e público, o mesmo conta com a mesma qualidade de seus antecessores mais recentes. O disco, conceitual, como quase todos, é dividido em suítes. A primeira I. The Cleansing of the Promised Land, abre com The Ninth Wave, após uma longa introdução, a faixa é longa, quase com 10 minutos, mas daquele jeito que eles sabem fazer, ela parecer rápida. Twilight of the Gods é uma faixa típica da banda sem novidades. Em II. The Awakening, e faixa Prophecies teria tudo para ser um single com direito a clipe, perfeita para faixa de trabalho, para entrar nos seus shows e não sair mais do seu set list. Refrão marcante, épica, típico de um bom Power Metal tocada por estes verdadeiros bardos. Já At the Edge of Time vale destacar o primor, capricho e perfeição na sua execução e em todos os detalhes para que se encaixem dentro da história. III. Disturbance in the Here and Now tem Ashes of Eternity como ápice. Entendo o que muitos fãs têm falado além de colegas da imprensa sobre a suposta falta de criatividade da banda, ou ela ter ficada engessada nesse formato conceitual e talvez perder a espontaneidade. Mas aqui, o Speed Power Melódico come solto, com passagens ora intrincada, ora rápidas e bem Heavy Metal. Os coros não faltaram e não podem faltar em se tratando de Blind Guardian. The Holy Grail encerra todo o seu conceito medieval e histórico. Este disco tem ligação com The Imagination From The Other Side, ou seja, Beyond The Red Mirror é a sua continuação. E estas continuações têm gerado críticas em histórias que não deveriam ter continuação e discos que não teriam comparação. Claro, Beyond The Red Mirror, está longe de ser qualquer clássico que a banda já tenha feito, mas talvez seja o melhor desde Nightfall in Middle-Earth, última obra-prima do quarteto. O restante do CD mostra estas mesmas variações dentro do que j[á foi abordado. Para saber da história completa, compre o CD! Que tem faixas bonus descritas abaixo! JCB – 8,0 Faixas: |
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RIPPER
Third Witness Black Widow – imp. Os texanos dos Ripper chegam a mais um disco que solidifica ainda mais a carreira do grupo. Cada vez mais próximos dos anos 70 em seu som, vindo desde então. Várias mudanças de formação marcaram a trajetória do grupo, até porque, numa banda Underground, que nunca fez um som comercial, dificilmente uma formação se mantêm. O som do grupo pode ser considerado Heavy Metal em essência, mas sua música cai muito para o Doom e Occult Rock, claro, com influências de Black Sabbath entre outros. Mas não os chamem de Stoner, pois o Stoner tem uma sonoridade moderna, trazendo algo antigo. Eles fazem sonoridade antiga mesmo, com poucos discos de estúdio numa extensa carreira. E com esta terceira testemunham solidificam ainda mais sua posição. A cargo da Black Widow Records, claro, que mais poderia lança-los, ora pois? O folheto é um booket com várias fotos de várias formações em várias fases, só isso já avalia sua aquisição! Este disco vem depois de um hiato de 7 anos. O lendário Rob Graves(guitarra / baixo), mais Rus Gib nos vocais e na bateria se revezam Robert Bogle (Tracks 1-4) e Don Ramirez (5-8). Geneticide tem um quê de Savatage e destaque para a cover de Sabbath Bloody Sabbath, de advinha quem? PR – 8,0 Track list: |
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DIO
This Is Your Life Warner – nac. Fraco. Infelizmente. Para mim qualquer coisa que seja lançada para homenagear Dio, será bem-vinda. Então aqui vale por isso. Este tributo foi lançado pela Rhino Records e trás um compilado de faixas que foram coverizadas ao longo dos anos. Nada de errado. Mas não tem homogeneidade. E nenhuma versão chega perto da original. Neon Knights com o Anthrax é legal, mas não tem o punch que esperaríamos do Thrash da banda. The Mob Rules com Adrenaline Mob, é mediana. Holy Diver com Killswitch Engage até ficou legal, e faz tempo que foi lançada, mais de 8 anos. Eles tiram um baratinho no clipe com o lance de castelos e espadas. Até aí tudo bem, mas todos sabem que essa safra de New Metal, tanto as bandas como o público, ridicularizavam sempre Dio e o Power Metal como um todo, então não foi sincero, e ao liberar aqui, mostra como a banda é oportunista. Egypt (The Chains Are On) com Doro é muito boa, e também antiga. A maioria delas foi sim, composta depois de sua morte para este tributo e o destaque fica para o medley do Metallica, veja no set list abaixo. E aí que vemos o balaio de gatos. Claro, não estamos falando só da banda solo de Dio, não da pra desassociar ele das suas fases no Black Sabbath e no Rainbow, Então ficou um tributo a estas bandas também. Deveria ter sido mais focada na sua carreira solo. Por que ninguém ousou então gravar algo do Elf, sua primeira banda? Das 14 faixas, apenas 5 são da sua carreira. Sinceramente, fiquei irritado ao ouvir o CD. Ok, as vendas irão para Ronnie James Dio Stand Up and Shout Cancer Institute. Então compre para apoiar e colecionar, mas estou esperando um tribute a altura de Dio que aliás, deveria ter sido feito quando ele estava vivo ainda. JCB – 7,0 Faixas: |
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ALMAH
Unfold Substancial – nac. A Substancial não para. Grande parte das maiores bandas de Heavy Metal e Classic Rock nacionais estão indo para lá. Os caras da gravadora são gente fina e são ultra-profissionais, além de experientes no mercado, longe das atitudes de velhacos que estão na cena, alguns a muito tempo também. Agora é a vez do Almah de Edu Falaschi (ex-Angra, Symbols, Mitriu,, Venus, etc). Além dele, a banda com os membros de longa data Marcelo Barbosa (guitarra) e Marcelo Moreira (bateria) e com os novatos Gustavo di Padua (guitarra) e Raphael Dafras (baixo). Com o Angra sem lançar nada novo a anos, assim como o Shaman e Andre Matos, então na veia do Heavy Melódico e Tradicional, o Almah é quem lidera! Os novos membros vieram bem no lugar do guitarrista Paulo Schroeber, que saiu por motivos de saúde, e do baixista Felipe Andreoli, para evitar conflitos com o Angra. Unfold é a continuação de Motion, em diversos aspectos, mas saiba que continuação no vocabulário de Mr. Falaschi significa sempre mudanças, ou seja, continua mudando, sempre procurando uma produção melhor, sempre achando seu próprio estilo, sua própria personalidade, e cada vez mais técnico e diversificado. Sem destaques, pois o disco é homogêneo, todas as músicas, por mais distintas entre si, se encaixam. Falaschi é um mestre e não por outra coisa, sua banda arrebentou nas votações de melhores do ano. RS – 9,0 Faixas: |
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HELLOWEEN
Straight Out Of Hell Sony – nac. Um dos melhores discos do Helloween da fase com Andi Deris no vocal. E o melhor desde a entrada do guitarrista Sascha Gerstner no lugar de Roland Grapow. Sem dúvida, sucedendo os bons Gambling with the Devil (2007) e 7 Sinners (2010), e superando em muito os fracos Rabbit Don't Come Easy (2003) e Keeper of the Seven Keys - The Legacy (2005) e o pavoroso Unarmed (2009). O excelente Straight Out Of Hell está no mesmo nível dos ótimos The Dark Ride (2000) e Master of the Rings (1994) e fica um pouco atrás apenas dos magníficos The Time of the Oath (1996) e Better than Raw (1998), que são a fase de ouro com Deris no vocal. Straight Out Of Hell abre com a excelente Nabataea, que encaixou perfeitamente para a abertura e mostra o que teremos neste disco. Músicas pesadas, com melodia, com diversidade, mostrando todas as fases e as faces desta fase. Outro destaque é Live Now!, que, como vimos ao vivo nos shows, principalmente no Rock In Rio, veio para ficar no set list e não sair mais, ainda mais com seu joguinho ao vivo entre o lado esquerdo e direito. Cheia de energia, melódica e grudenta. Waiting For The Thunder é a melhor do disco, também não deve sair do set da banda. Melódica, com teclados, alternando momentos ora calmos, ora pesados e rápidos, com refrão excelente e solos de guitarra marcantes. Sim, a banda está inspirada e motivada, mais do que nunca, mesmo depois do altos e baixos que essa formação passou em uma década. A faixa-título também é outro destaque, com Deris cantando rasgado. Sim, ele É O VOCALISTA do Helloween. Ele está na banda há 20 anos, mais tempo que Kai Hansen e Micheal Kiske, é o principal compositor, ao vivo conta com correção a maioria das faixas antigas e das da sua fase, tira de letra, sem contar seu carisma e como ele leva o público facilmente. A parte instrumental da banda também está tinindo, entrosada e alegre. Parece que o carma das eternas brigas da banda acabou, tanto é que mostra a reconciliação com antigos membros, principalmente com Kai Hansen que vive excursionando com o seu Gamma Ray com as abóboras. Vida longa ao Happy Happy Helloween! JCB – 9,0 Line-up: Faixas: |
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SAXON
Sacrifice EMI – nac. Apesar do último grande e bombástico álbum do Saxon ter sido o já longínquo Unleash The Beast de 1997, apesar do excelente Lionheart de 2004 se destacar, de lá para cá a banda se mantive ativa (como sempre, eles nunca “acabaram” ou “deram um tempo” para depois voltar) e lançando discos continuamente. E estes trabalhos têm sido regulares em termos de qualidade, nenhum deles um clássico, mas nenhum um fiasco. Se a trinca The Inner Sanctum (2007), Into The Labyrinth (2009) e Call To Arms (2011) não trouxe nenhuma faixa exuberante e ambos foram lançados aqui por uma mesma gravadora e de forma amadora, sem promoção nenhuma (como pode uma banda do porte do Saxon ter um disco lançado no Brasil por um selo que não está nem aí para divulgação e promoção e que tem apenas a mentalidade de um comerciante varejista), Sacrifife vem para repor as coisas no seu devido lugar. Nitidamente eles estavam empolgados e motivados para fazer este disco. O álbum contou com a produção de Andy Sneap (Accept, Killswitch Engage, Megadeth, Opeth), que foi outra correção, pois esta última trinca tinha produção bem abaixo do nível (qualquer banda iniciante tinha melhor produção). A dupla de guitarristas Paul Quinn e Doug Scarratt demonstrou empolgação e acertou a mão com riffs inspirados, bases cortantes e solos memoráveis. A cozinha já bem veterana (Nibbs Carter – Baixo e bom e velho Nigel Glockler – Bateria) também acertou a mão. Já os vocais de Biff Byford não preciso destacar, pois este sempre fez o seu melhor. O álbum se inicia com uma breve introdução, Procession, dando um ar te sacrifícios, título do disco mostrando a temática a se seguir. Como denuncia a oportuna capa, mostrando o centro do calendário/mandala asteca/maia. Oportuna capa e oportuno tema com todo aquele lance do calendário maia, que interpretaram o final dos tempos em 21/12/2012, quando na verdade, eles previam a volta de Quetzalcóatl, ou a Serpente Emplumada, ou o Grande Dragão, presente em todas as culturas, que nada mais é do que Lúcifer. O disco não faz referência direta a ele, mas a história (não mitologia) e a cultura (não folclore) é esta. Musicalmente falando, Sacrifice, a faixa, é um puta Heavy moderno, na linha do que o Saxon vem fazendo desde Metalhead (1999). Made In Belfast tem um bandolim, dando um toque pagão e celta e fala sobre a construção de navios em Belfast. Lembrando que o disco gira em torno de um tema, mas não é conceitual, ou seja, não conta uma história com começo, meio e fim. Warriors Of The Road fala da paixão que todos da banda, principalmente Nigel Glockler tem pela Fórmula 1, homenageando Ayrton Senna. Musicalmente, sua levada lembra a pegada rápida e pesada de Heavy Metal Thunder (e ambas falam de máquinas velozes). Guardians Of The Tomb começa melódica, mid-tempo e despretensiosa, para depois descambar em um pesadíssimo Heavy a lá NWOBHM. Stand Up And Fight começa com um solo a lá anos 80, depois também descambando em um Heavy moderno, pesado, grave, denso, quase Thrash, um absurdo de tão pesada, com um refrão para se cantar nos shows. Walking The Steel é lenta e arrastada, quase psicodélica. Night Of The Wolf é pesada, intrincada em seu começo, com várias alternâncias em sua duração. Wheels Of Terror tem uma pegada que se situa entre Unleash The Beast (1997), Metalhead (1999) e Killing Ground (2001), discos que marcaram a transição do antigo Saxon, pulando sua fase mais Hard, indo para o atual Metal moderno, mais pesado e com mais Groove. Standing In A Queue encerra o vigésimo álbum da carreira da banda de forma digna, esta com uma pegada mais melódica, melodiosa e mais Hard Rock. Enfim, o melhor disco da banda em 16 anos! JCB – 9,0 Faixas: 1 - Procession2 - Sacrifice 3 - Made In Belfast 4 - Warriors Of The Road 5 - Guardians Of The Tomb 6 - Stand Up And Fight 7 - Walking The Steel 8 - Night Of The Wolf 9 - Wheels Of Terror 10 - Standing In A Queue |